sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Preciso ir à igreja? Cada vez mais pessoas acham desnecessário frequentar cultos.

Preciso ir à igreja?
Convertido ao Evangelho em 1980, o advogado carioca Hélio Vagner Zagaglia, hoje com 58 anos, foi membro de algumas igrejas evangélicas na maior parte desse período – e membro daqueles atuantes, de frequentar cultos quatro vezes por semana e participar de diversas atividades na esfera eclesiástica. Ao longo dessa caminhada, contudo, alguma coisa mudou em sua mente e no coração. “Depois de 30 anos naquela rotina, confesso que não tinha mais paciência com tudo relacionado ao ambiente religioso”, lembra. A decisão de sair da igreja não foi tão difícil, uma vez que surgiu a partir de convicções pessoais. “Na verdade, a escolha de não mais frequentar uma igreja, que tomei há uns dez anos, ocorreu após uma ampliação da compreensão do termo congregar. Pela simples leitura do Evangelho, entendi que isso, para Jesus, não é apenas ir à igreja”. Na opinião do advogado, qualquer lugar – “Seja o bar da esquina, o prédio do Fórum em que trabalho ou a praia onde surfo” – é propício à comunhão com Deus e junto àqueles que partilham da mesma fé. “O próprio Senhor afirmou que estaria presente quando dois ou três se reunissem em seu nome”, cita.
Quanto às advertências que ouviu, na época, ele se sente tranquilo. “Essa história de que brasa fora do braseiro se apaga e que eu ficaria sem cobertura espiritual longe da igreja perdem sentido, diante da consciência de quem eu sou e de quem Jesus é para mim”, afirma Zagaglia. Ele faz questão de dizer que não tem nada contra a postura daqueles que acham fundamental congregar em uma igreja, no sentido convencional do termo; apenas, não sente mais necessidade disso. “Observo todas as práticas ditas como disciplinas espirituais muito mais agora do que antes – e creio que a razão disso não está em pertencer a uma igreja ou não, mas sim, em uma mudança de entendimento acerca dos significados de tais práticas pela leitura do Evangelho, que faço, por puro prazer, todos os dias.”
O advogado Hélio é parte de um contingente de, pelo menos, 9,2 milhões de evangélicos brasileiros que não mantêm mais vínculos com nenhuma igreja. Os números, aferidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referem-se ao Censo 2010 e está desatualizados –ainda assim, já representam quase 20% do total de evangélicos do país. A particularidade que chama a atenção dos estudiosos e líderes, além do gigantismo da cifra, é a mudança de perspectiva. Antes, o crente que saía da igreja era o chamado “desviado”, visto como alguém que cedera aos apelos do mundo, quase um apóstata. Agora, não: há cada vez mais pessoas que, como Zagaglia, não querem mais fazer parte dos róis de membros das organizações eclesiásticas porque não acham mais necessário, mas garantem continuar crendo na Bíblia e observando as condutas consideradas adequadas a um cristão. É gente que, simplesmente, não tem mais interesse em congregar – a creem que estão muito bem assim.
“Apesar de eu não participar mais das atividades religiosas, nem concordar com maioria das doutrinas da igreja, não me considero afastado da minha relação com o divino. Não perdi minha fé”, afirma o designer industrial David Oliveira Silveira Junior, de 32 anos. Ele deixou para trás 25 anos de vivência na igreja onde fora nascido e criado e se pergunta por que precisaria continuar ali, observando liturgias e comportamentos que “não faziam mais sentido”. David explica que esse processo nunca foi premeditado. “Sendo filho de um pastor, eu só me percebi à vontade para sair quando senti que essa saída era justamente a vontade de Deus, por mais contraditório que isso parecesse.”
Ele e muita gente não veem qualquer contradição entre jogar para escanteio uma das práticas basilares da fé reformada – a inclusão no corpo de Cristo através de sua expressão mais visível na terra, que é a Igreja – e seguir o caminho do Evangelho de forma independente. “Hoje, sinto-me mais próximo e conectado com a natureza da minha espiritualidade. Muito menos santo, muito mais humano”, completa. “Parte dos evangélicos têm adotado o Believing without belonging (“Crer sem pertencer”), expressão cunhada pela socióloga britânica Grace Davie sobre o esvaziamento das igrejas ao mesmo tempo em que se mantêm as crenças religiosas na Europa Ocidental”, destaca o doutor em Sociologia Ricardo Mariano, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Para ele, o aumento do número de protestantes e pentecostais que se dizem sem vínculo institucional é resultado tanto do individualismo como da “busca por autonomia diante de igrejas que defendem valores extemporâneos e exigem elevados custos de seus filiados.”
“IGREJA CANSA”
Os motivos podem ser os mais variados (problemas de relacionamento, desgaste com modelos eclesiásticos engessados e líderes autoritários, cansaço com o chamado ativismo religioso etc). Há, também, demandas mais sutis. “Noto que o comportamento dos cristãos, em particular o dos evangélicos, tem mudado bastante a esse respeito”, diz o psicólogo Antônio Carlos Volpi, que atende como voluntário na Associação Batista Beneficente e Missionária do Ceará. A prioridade, ali, são os atendimentos voltados à ação social, mas ele conta que também conversa com muitos crentes que lhe contam porque desistiram de frequentar igrejas. “Quase todos falam de um esgotamento de expectativas, um ‘fim de linha’ sem um motivo específico. Quando desenvolvemos o diálogo, percebemos que são pessoas que não têm mais objetivos na vida cristã comunitária – e, diante das novas abordagens mais individualistas da fé, não se constrangem em seguir esse caminho espiritual independente”. Desse modo, continua Volpi, a figura de um pastor, ou líder, perde sua importância. “Eles dizem que podem buscar a Deus sem intermediários ou aparatos litúrgicos. É difícil refutar um argumento desses”, reconhece.
Mas, se o termo “igreja” deriva do grego ekklesia, que pode ser traduzido como “ajuntamento de pessoas”, “assembleia” ou, ainda, “chamados para fora”, fica difícil concordar com aqueles que defendem que a verdadeira Igreja de Cristo está dentro de cada um de nós, como diz a gerente de vendas Ágatha Nascimento. Ela é uma das várias pessoas ouvidas pela reportagem acerca da necessidade, ou não, de o cristão fazer parte de uma igreja. Depois de se converter na Igreja do Nazareno do Castelão, em Fortaleza (CE), há 12 anos, ela passou por outras denominações. Agora, segue o Evangelho sem carteirinha de membro, mas com o que declara uma fé “inabalável” em Jesus. “Posso fechar a porta do meu quarto e falar direto com o Pai”, argumenta, citando uma célebre passagem bíblica onde Jesus destaca o poder da oração. “Posso cantar louvores e meditar na Palavra em casa, com minha família. Sinceramente, não me sinto obrigada por Deus a fazer parte de uma congregação. Sinceramente, tenho uma fé mais forte do que muita gente que está lá.”
Em que pese a declaração Extra ecclesiam nulla salus (“Fora da Igreja, não há salvação”), de Cipriano de Cartago, por volta do ano 250 da Era Cristã, as reuniões em templos só começaram a surgir a partir da conversão do imperador romano Constantino, no século 4, quase 300 anos depois que o Cristianismo surgiu. Até então, era nas casas, no campo e até nas catacumbas que os seguidores de Jesus se reuniam em seu nome – isso, quando podiam se encontrar, tal era a perseguição que sofriam. No mais das vezes, a fé era vivida e praticada individualmente ou, no máximo, no seio familiar. E, se a verdadeira adoração – aquela, “em espírito e em verdade” – pode ser feita em qualquer lugar, conforme afirmou o Filho de Deus, a experiência transcendental da fé prescinde do ajuntamento de fiéis. Isso, contudo, não anula a essencialidade da igreja, muito pelo contrário, no entender do pastor, missionário e escritor Sandro Baggio. Ele é um dos coordenadores do Projeto 242, uma igreja de perfil informal e alternativo em São Paulo, com marcada vocação para as manifestações artísticas e a atuação comunitária. “Esse cansaço com a igreja é verdadeiro. A igreja, muitas vezes, cansa, mesmo!”, admite.
Para ele, o excesso de programações, cultos, treinamentos e atividades, além da expectativa de que todos estejam engajados em tudo, o tempo todo, como demonstração de seu compromisso com a visão da igreja e seu vigor espiritual, cedo ou tarde leva ao esgotamento espiritual. “O que mudou foi que muitos, uma vez cansados com sua experiência de pertencimento a uma igreja local, passaram a interpretar que a fé cristã pode ser vivida solo. Isso é um tremendo equivoco, quando comparado ao ensino bíblico. Não há, em local algum das Escrituras, um projeto de espiritualidade que não esteja engajado com uma comunidade de fé. O cristão sem igreja é fruto do individualismo da cultura ocidental.”
Em suas apurações e entrevistas para elaboração do livro Feridos em nome de Deus (Editora Mundo Cristão), a jornalista Marília de Camargo Cesar encontrou gente que abandonou os bancos da igreja depois de serem exploradas, manipuladas e desrespeitadas por líderes inescrupulosos ou teologias equivocadas. “Porém”, avalia, “muitos que não sofreram com tais experiências saem porque acreditam poder cultivar uma comunhão individual com Cristo, sem necessidade de participar de cultos e celebrações formais”. Marília, que é evangélica, reconhece que pode parecer muito confortável buscar a Deus na solitude. “Ali, somos só nós e Deus, sem conflitos indesejáveis com terceiros.”
Mas, são justamente esses conflitos e a necessidade de se compartilhar realidades distintas e dividir os fardos, orando e lutando uns pela fé dos outros, que leva o crente ao que Paulo chamou de “desenvolvimento” da salvação, ela diz. “Muitos dos que saem das igrejas passam a se reunir em pequenos grupos, onde a Palavra é ensinada e uns oram pelos outros. É uma alternativa bastante saudável e, eu diria, quase a mesma coisa que frequentar uma igreja”. A autora, porém, entende que participar de uma igreja ou pequeno grupo é essencial para a caminhada do cristão. “É somente nesse ambiente de contato com pessoas diferentes que nós podemos ser lapidados, amadurecer e crescer no conhecimento da Palavra do Senhor.”
RELAÇÃO FRÁGIL
O cientista social Ricardo Bitun, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, lembra que no protestantismo, historicamente, o pertencimento a uma igreja sempre foi algo básico e muito valorizado. A confissão denominacional fazia parte da consciência cristã do indivíduo, estando ligada à sua identidade espiritual. “O caminho do exercício de uma fé solitária, ou a busca por um algo novo espiritual que o indivíduo não encontra mais na igreja, é tentador e encontra eco em nossa cultura moderna”, opina Bitun, que também é pastor da Igreja Evangélica Manaim, em São Paulo. Porém, esse novo jeito de ser Igreja, não necessariamente através de vínculos de pertencimento, envolve certos perigos, conforme alerta. “Se pensarmos na igreja apenas como o local físico onde nos reunimos, cantamos, temos relacionamentos pessoais e ouvimos pregações, domingo a domingo, mais cedo ou mais tarde nos decepcionaremos com sua rotina”. 
“A Igreja, embora não nos salve, é capaz de nos proporcionar os meios da graça. Quem se agrega ao noivo, que é Cristo, não pode deixar de achegar-se à sua noiva, a Igreja”, defende o pastor e escritor Claudionor de Andrade, consultor teológico da Casa Publicadora das Assembleias de Deus. No Credo dos Apóstolos, ressalta, há um trecho que chama a atenção de todos quantos o leem: “Creio na comunhão dos santos”. Claudionor destaca, ainda, a passagem de Atos 2, segundo a qual os primeiros cristãos estavam sempre juntos e perseveravam, unânimes, no templo, e um dos textos mais citados quando se questiona o valor da igreja: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações, e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima” (Hebreus 10.25).
“Não creio, sinceramente, que os crentes que escolhem sair da igreja estão abandonando o Senhor”, reconhece o presbítero André Luis Garcia Sanchez. “O que percebo é que o tempo e a solidão promovem certo esfriamento da fé, das práticas espirituais, do serviço ao Senhor e ao próximo. Essas brechas fazem com que muitos que tentam viver uma fé longe do corpo de Cristo sofram e até abandonem o Evangelho, em algum momento”. Autor do blog Esboçando ideias e de estudos bíblicos que veicula pela internet, além de professor da Escola Bíblica Dominical em sua congregação, a Igreja Presbiteriana Bela Jerusalém, em Ribeirão Preto (SP), Sanchez tem contato com muitas pessoas – inclusive, aquelas que tentam substituir a comunhão na igreja por assistir cultos online, fazer ação social ou manter contatos eventuais com outros crentes, em ambientes extraeclesiásticos. “Nossa experiência tem mostrado certa fragilidade nesse tipo de ação.”
Em seu livro Gente cansada de igreja (Hagnos), o doutor em História e pastor batista Israel Belo de Azevedo aborda a falta de compromisso, um dos traços da pós-modernidade, como um dos motivos que leva o cristão a deixar sua igreja. “Isso tem a ver com a crise de modelos que vivemos. Uma das marcas do nosso tempo, afinal de contas, é a ausência de compromisso”. Desde 1999, ele pastoreia a Igreja Batista Itacuruçá, uma congregação de classe média no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Vez por outra, é procurado por alguém que demonstra o interesse em sair da comunidade. “Ouço justificativas as mais diversas, desde a busca por novas experiências pessoais, expectativas não atendidas e até dificuldade de adequação a determinadas categorias, além de certo desânimo”, enumera. “Penso que cabe a cada um fazer sua própria avaliação e nem sempre colocar a responsabilidade pelo afastamento nos outros”. Israel Belo enfatiza que a Igreja, mesmo essa que temos visto no século 21, é o meio que Deus escolheu para fazer conhecidas sua multiforme sabedoria e sua vontade ao mundo. “Ela tem uma tarefa, e é preciso que fique atenta ao exercício dessa tarefa. Somente assim, a Igreja vai manter sua razão de ser perante os que estão fora – e, também, para os que estão dentro dela.”
“Eu já fui uma dessas pessoas cansadas de ir à igreja”, testemunha o técnico em mecânica automotiva Joberson Lopes, de 38 anos. Criado na Assembleia de Deus em Brasília, ele começou a se perguntar, por volta dos vinte anos de idade, se valia à pena continuar ali. A imagem pregada lá, de um Deus mau e dominador, além de uma série de “baboseiras religiosas”, como o rigor excessivo em usos e costumes, tirou seu foco. “Preferi ficar em casa ate achar um lugar coerente com minhas convicções”. O tempo e o amadurecimento se encarregaram de mudar sua ótica. “Por eu ter passado por esse caminho, posso dizer que precisamos entender o que é ser Igreja e perceber as diferenças entre ela e a institucionalização religiosa.”
Hoje vivendo na Califórnia (EUA), ele trabalha junto a adolescentes mexicanos pela agência Jovens com Uma Missão (Jocum), depois de ter passado por várias cidades brasileiras e feito missões até na Tanzânia. Joberson, a mulher e os dois filhos frequentam agora a Free Evangelical Church, na cidade de Hamilton. “Muitas pessoas deixam de ir à igreja com motivos coerentes, mas optam pela solução errada”, pontua. “Prezo liberdade e admiro o livre arbítrio, e creio que há pessoas que podem ter plena fé e comunhão com o Senhor sem a necessidade de participar, toda semana, de cultos na igreja. Eu já vivi um tempo assim. O perigo disso é quando somos enganados por nós mesmos, sem percebermos que não conseguimos, sozinhos, manter a disciplina de procurar o Jesus que amamos. Assim, vamos nos afastando, lentamente, de uma comunhão saudável e proveitosa com Deus.

Entrevista com Faustino Teixeira
Para o doutor em Teologia e professor no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG) Faustino Teixeira, a contestação aos modelos convencionais de Igreja é um fenômeno global. Para ele, a multiplicação e diversificação das instituições acarreta, em última análise, mudanças perceptíveis na noção de pertença religiosa – inclusive, a decisão do fiel de não permanecer ligado a uma igreja. “É possível, e viável, que uma vida espiritual madura e autêntica possa ser vivida igualmente em caminhos alternativos”, aponta. O intelectual conversou com CRISTIANISMO HOJE:
CRISTIANISMO HOJE – Na sua opinião, quais os motivos pelos quais tantos evangélicos, atualmente, se afastam da Igreja, optando por viver a própria fé de maneira individual?
FAUSTINO TEIXEIRA – Esta questão da crise das instituições religiosas não é um traço particular brasileiro. O que se verifica é algo singular: uma multiplicação e diversificação das instituições portadoras de sentido e, ao mesmo tempo, uma menor fidelidade a elas. São mudanças bem perceptíveis no campo das filiações tradicionais. De fato, há um cansaço crescente com respeito às instituições tradicionais, uma certa “desafeição” com respeito aos caminhos mais oficiais. Os “evangélicos não determinados” já representam hoje, no Brasil, um percentual de 21,8% do contingente evangélico, algo em torno de 5% de toda a população brasileira. São evangélicos que não se enquadram nos canais tradicionais, sendo chamados por alguns de “evangélicos genéricos”, ou “evangélicos sem igreja”. É algo que indica uma diversificação na própria pertença evangélica.
A recente e crescente contestação aos chamados modelos convencionais de igreja tem adquirido contornos de pós-modernidade, mas pode-se dizer que é fenômeno essencialmente contemporâneo?
As religiões continuam marcando sua presença, não tenho dúvida sobre isso, mas agora de forma distinta, com metamorfoses bem evidentes. E, ao lado das religiões, vemos o crescimento de espiritualidades laicais, que não se encaixam no tradicional perfil religioso. A sede de espiritualidade é, talvez, um dos fenômenos mais característicos de nosso tempo. Ela traduz uma resistência viva aos caminhos da modernidade, pontuada pelo anonimato, pela aceleração impressionante, acompanhada de individualização e burocratização. O avanço da modernidade não produziu um recuo da religião, mas uma outra forma de exercício da dinâmica religiosa. As religiões permanecem, bem como as espiritualidades – em estado crescente –, transformando-se sob o impacto da individualização e da globalização. Como lembrou o historiador francês Frédéric Lenoir, a busca pelas respostas a um mundo de incertezas permaece acesa, mas não mais como no passado, “no seio de uma tradição imutável ou mediante um dispositivo institucional normativo”.
Os cristãos que, simplesmente, optaram por seguir sua caminhada de fé longe da igreja se perguntam para quê precisam dela. A seu ver, ela não é mais necessária nesse contexto atual?
No meu modo de ver, a saída essencial está na busca de uma nova espiritualidade, que saiba conjugar com sabedoria o humus profético e a vida espiritual. Não creio, sinceramente, que o único caminho seja o da vinculação institucional. É possível, e viável, que uma vida espiritual madura e autêntica possa ser vivida igualmente em caminhos alternativos. A vida espiritual é essencial, e que possa ser vivida de maneira cada vez mais holística, integrando o ser humano nessa linda cadeia da vida, em todas as suas formas. Mais importante que a declaração de crença ou ou exercício de exclusividade na pertença religiosa é a disposição dialogal e a capacidade de acolhida do mundo da alteridade.

Crer sem pertencer
São muitos os motivos alegados por aqueles que já não veem na igreja nenhuma essencialidade à sua vida espiritual. Por outro lado, quem não abre mão da frequência regular aos cultos e atividades eclesiásticas faz questão de ressaltar a importância disso para a saúde da fé. CRISTIANISMO HOJE conversou com algumas pessoas sobre o assunto:
“Um dos motivos pelos quais optei pela caminhada cristã fora da igreja foi o alto custo financeiro imposto aos membros das comunidades cristãs. A liderança, neste quesito, não admite discutir o assunto. As regras mudaram: ao invés da fé genuína, o que se exige é uma filiação quase clubista. A instituição não pode tomar o lugar da Igreja, corpo místico de Cristo, nem sufocá-la. Hoje, fora da igreja, posso dizer que vivo minha fé de forma tão intensa quanto na época em que congregava. Minha vida espiritual ficou menos mística e mais racional, mas igualmente verdadeira e sincera”
Edina Cabral, 56 anos, comerciante, que durante mais de 25 anos foi membro de uma igreja evangélica do Rio de Janeiro
“Não entendo como um crente em Jesus pode escolher o caminho solitário, longe da comunhão dos santos. É claro que as igrejas têm problemas, mas as pessoas que alegam isso não se afastam de suas famílias ou locais de trabalho – os quais, certamente, também têm muitos problemas. Para mim, quem age assim não quer admitir que precisa voltar à prática do primeiro amor, que sempre acontece dentro de uma igreja”
Ricardo Augusto Morais, 28 anos, técnico em informática em membro da Igreja Metodista Wesleyana
“A instituição religiosa não é a Igreja, nem ao menos a representa. O corpo de Cristo se compreende não pelo conjunto, mas pelo que está entre cada indivíduo. Exerci o cargo de pastor batista durante 16 anos. Hoje, vivo a ideia de servir ao Salvador e me conecto a ele pela semeadura do Evangelho durante a caminhada da vida, com os pés no chão e longe das manifestações humanas centralizadas ou descentralizadas. Mantenho comunhão com irmãos que também são Igreja, pois faço separação entre esta e a instituição. Sigo a simplicidade do mesmo caminho que foi sugerido por Cristo, na via de Emaús”
João Ruth, 48 anos, é jornalista, apresentador de TV e mora em Cotia (SP)
“Respeito a experiência com Cristo de cada um, já que a conversão é um fenômeno que deve ser vivido individualmente. Posso falar por mim – e, na minha opinião, é impossível viver uma vida cristã, em sua plenitude, longe da igreja e dos irmãos na fé. Conheço muitas pessoas que entraram por esse caminho e depois voltaram machucadas ou com a fé muito abalada. Sinceramente, não aconselho isso a ninguém. Se nenhuma igreja nos serve, o problema está em nós mesmos”
Washington Luiz C. Junior tem 32 anos e é membro da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, em São Paulo, desde a adolescência
“Quando a pessoa começa a se sentir autossuficiente em sua fé, passa a criticar tudo. A igreja e os seus membros já não servem mais, pois se sentem em um ‘outro patamar’ espiritual. A igreja tem seus problemas, mas é através dela que chegamos ao conhecimento do Evangelho. Ela nos fortalece na fé e nos estimula a seguir nos caminhos de Deus”
Maria Luiza Freitas Xavier, professora, crente da Assembleia de Deus em Porto Alegre (RS)
“Eu nunca saí da igreja, mas passei por longo período de crise dentro dela. Precisei encontrar um novo jeito de viver a igreja. Além disso, entendi que as piores coisas do mundo, assim como as melhores, podem ser encontradas nela. Só que eu também descobri que as coisas mais belas do ponto de vista existencial – mudanças radicais de vida, para melhor – acontecem com maior intensidade na igreja. Por isso, ela recuperou, na minha cabeça, seu lugar de agência de transformação no mundo”
Marson Guedes é psicólogo e membro da Igreja Batista da Água Branca, em São Paulo
“Sou cristã e não preciso ir à igreja para continuar seguindo a Cristo. Antes, não pensava assim; só que, a certa altura, tudo aquilo – a estrutura toda, as cobranças financeiras, a pressão por um envolvimento que eu já não queria mais – perdeu o sentido. Quando parei de frequentar os cultos, muitos dos chamados irmãos da fé, que eu tinha como amigos, cortaram relações comigo, como se eu pudesse lhes transmitir algo contagioso. Não sou mais membro de nenhuma igreja, embora, de vez em quando, visite algumas. Jesus continua sendo o Senhor de minha vida. Não sei se, um dia, voltarei a ser membro de uma igreja, mas hoje eu e minha família não sentimos a menor falta disso”
Sônia Rafaella Tourinho da Rocha, 33 anos, é autônoma e foi membro da Igreja Pentecostal da Rocha Eterna, em Campos (RJ), de onde saiu depois de exercer o cargo de evangelista e diaconisa
“No meu ponto de vista, ficar em casa não torna ninguém afastado da fé, mas é perigoso porque a pessoa pode acabar criando um evangelho próprio. Considero importante frequentar a igreja não só pelo fato da manutenção da fé como, também, pelo convívio com um conjunto de pessoas diferentes. Assim, temos de nos adaptar uns aos outros e, juntos, aprender a seguir a Cristo, apesar de nossas diferenças”
Natan Chagas, 28 anos, é auxiliar operacional e membro da Igreja Missionária Evangélica Filadélfia, com sede em Curitiba (PR)
“Não frequento mais uma igreja evangélica. O que vivi e aprendi nela constituiu uma base sólida para minha fé. E só. Agora, estou em busca de uma relação com Deus livre de formalidades, regras, aparatos estereotipados. Cansei de me dedicar e sustentar sistemas que, muitas vezes, só servem a interesses e vaidades pessoais. Quem disse que ministério de louvor, departamentos disso e daquilo e pastores são indispensáveis? Quem disse que os melhores relacionamentos pessoais acontecem dentro da igreja? Sei que há milhões de pessoas boas e sinceras dentro das igrejas. Mas o meu Jesus, aquele que me salvou, está acima disso tudo”
Alexandre Faria de Araújo foi membro da Igreja Ministério Apascentar de Nova Iguaçu (RJ)

Porta de saída
- 87% dos brasileiros se declaram cristãos
- 22,2% (cerca de 45 milhões de pessoas) da população brasileira são evangélicos
- 9,2 milhões deles se dizem “sem vínculo denominacional”
Fonte: IBGE

Minas pode ter mais café impróprio para consumo


Em 241 amostras, Procon-MG encontrou 74 inadequadas para venda, mas estado tem mais de mil marcas e órgão admite que pelo menos 30%, ou 300, devem apresentar algum problema


 Luciane Evans /




O número de marcas de café impróprias para o consumo em Minas Gerais pode ser maior do que as 74 indicadas na pesquisa, divulgada ontem pelo Procon-MG, do Ministério Público de Minas Gerais. O órgão analisou 241 amostras entre 2014 e 2015, o que corresponde a 25% do total existente em Minas, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). De acordo com a entidade, Minas é o maior estado produtor da bebida no país e é estimado que haja cerca de 500 empresas atuantes no estado, sendo que cada uma delas fabrica uma média de duas ou mais marcas. O universo, portanto, pode chegar a mais de mil nomes no mercado. O Procon informou que, ao levar em conta a totalidade cafeeira mineira da Abic, a reprovação deverá manter um percentual de 30%, chegando a cerca de 300 marcas não indicadas para consumo.

Saiba mais
Mineiros bebem café impróprio para consumo
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De acordo com o documento do Procon, o consumidor mineiro está sendo enganado comprando “gato por lebre” e correndo riscos graves de saúde. Isso porque, nas análises, foram encontrados elementos estranhos, impurezas, sedimentos, além de larvas e parasitas. Parte delas ainda tem a substância ocratoxina A, considerada cancerígena. Mas o problema pode ser ainda maior e atingir mais consumidores.

Segundo o Procon-MG, quando o relatório foi feito, entre os anos de 2014 e 2015, o órgão procurou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que o indicou 300 torrefações em Minas, que, então, fizeram parte da análise, sendo que, no máximo, apenas uma marca de cada foi analisada, chegando ao total de 241 amostras de café torrado e moído, ou seja, 80% das indicadas pelo ministério.

No entanto, conforme comenta o diretor-executivo da Abic, Nathan Herszkowicz, o estado é o maior produtor de café do país e há uma estimativa de que haja 500 indústrias fabricantes da bebida. Ele afirma que uma mesma empresa é detentora de mais de uma marca. Questionado pelo Estado de Minas se haverá novos testes para abranger a realidade mineira, o Procon informou não pode divulgar se haverá ou não novas análises. O promotor e coordenador do Procon do Ministério Público, Fernando Ferreira Abreu, disse que, estatisticamente, a reprovação de 30% caberia ao restante das marcas.

SELO A Abic mantém desde 1989 o Programa de Autorregulamentação do Selo de Pureza, que coleta e analisa 3 mil amostras de café por ano, denunciando as marcas irregulares e penalizando as associadas que forem detectadas impuras. Das 74 consideradas impróprias para o consumo pelo Procon-MG, 12 marcas têm o selo Abic, como garantia de qualidade e confiança. “Dessas 12, seis já foram excluídas da Abic, outras duas estão respondendo a processo por impurezas e uma fraudou o selo. As três restantes estão sendo analisadas”, comenta Herszkowicz.

A entidade publicou nota em seu site parabenizando o Procon -MG pelo trabalho. E, de acordo com Herszkowicz, especialmente em Minas, por abranger uma quantidade grande de marcas de café, o Sindicato da Indústria do Café (Sindicafe-MG) montou um laboratório especial para análise das amostras, sendo feitas até duas por ano. “Desde 2010, estamos, junto com o Sindicafe, denunciando as irregularidades no ramo. Quando há anormalidades, as empresas recebem penalidades que vão desde uma advertência até a expulsão da Abic, ficando proibida de usar o selo. No caso daquelas que não são associadas, a entidade não tem como penalizar, mas a Abic comunica a ela, por escrito, sobre as impurezas encontradas e pede explicações sobre o ocorrido”, esclarece.

Ainda segundo Herszkowicz, os dados do Procon-MG são muito semelhantes aos estudos da Abic. “São 116 marcas associadas, 89% estão próprias para consumo. As outras 12 representam 4%”, afirma. Em relação às 74 reprovadas, ele analisa que são marcas pequenas e, geralmente, com vendas locais.

PUNIÇÕES De acordo com o levantamento do Procon MG, a principal irregularidade encontrada entre as 74 marcas reprovadas foi a presença de impurezas como cascas, paus e outros elementos, totalizando 27,8% das amostras. Já sobre a presença da substância cancerígena, 4,2% das análises apresentaram a existência dela e também foram consideradas impróprias para serem consumidas. O levantamento detectou ainda que em 6,04% do peso total do produto não era de café. Ou seja, o consumidor pagou por café, mas levou também outros produtos e substâncias dissolvidos na embalagem. Em 2,1% das amostras foram encontradas elementos estranhos como milho, por exemplo. Nesse caso, a adição é considerada adulteração.

Todos os produtores que apresentaram problemas com as amostras coletadas estão sendo notificados a corrigir as irregularidades e também estão sendo processados. Eles também serão penalizados com o pagamento de multas, conforme já informou o Procon-MG.


CORREÇÃO
A reportagem publicada ontem sobre as marcas de café impróprias para o consumo foi ilustrada equivocadamente por uma foto de arquivo em que aparece um copo com a marca Academia do Café. A foto não condiz com a realidade. A Academia do Café, que trabalha com produtos de alta qualidade, não está na lista de marcas impróprias para o consumo elaborada pelo Procon-MG. O Estado de Minas pede desculpas pelo engano.
Fonte : Estado de Minas

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Atentado contra candidato a vereador em Água boa termima com duas crianças feridas

Essa última semana do período eleitoral é marcada por muita tensão e nem sempre é respeitada a liberdade que a democracia deveria oferecer para todos os cidadãos.

Houve um atentado contra o candidato a vereador Geovani do Curumim , da coligação " Unidos pela Renovação",do PHS em Água Boa. Disparos de arma de fogo aconteceram após o comício e atingiram duas crianças, sendo uma de oito anos e outra de 12.Uma das crianças está em estado grave.
Mais informações em breve aqui.

Politica - Candidato a prefeito de Minas Novas é alvo de atentado

Prefeito de cidade mineira é alvo de atentado no Vale do Jequitinhonha
O prefeito de Minas Novas, Gilberto Gomes de Souza (PPS), foi alvo de um atentado nessa quarta-feira. Em depoimento à polícia, o político contou que foi cercado na zona rural da cidade, localizada no Vale do Jequitinhonha, e teve o carro alvejado por dois homens que estavam em uma motocicleta. Ele não conseguiu identificar os suspeitos.

Segundo Gilberto Gomes de Souza, que concorre à reeleição, ele e o motorista do veículo estavam próximos ao distrito de Baixa Quente quando foram abordados pela dupla. Um dos homens começou a atirar, mas o prefeito e o motorista conseguiram fugir e se esconder na casa de um morador da região.

De acordo com a PM, o próprio prefeito ligou para a polícia pedindo socorro e escolta policial para retornar à cidade. Álvaro Raimundo Barbosa, presidente do PPS, disse que a noticia foi recebida com surpresa.

“Não sabemos de fato até o momento quem são os meliantes. A informação que nós temos é que foram dois homens numa moto, que ultrapassaram o veículo em que o prefeito estava sendo conduzido, e que retornou atirando no veículo. O motorista avançou sobre a moto, eles pularam de lado e alvejaram o carro do lado e dois tiros no para-brisa traseiro”, explicou Álvaro Raimundo Barbosa.


A Polícia Militar informou ainda que a eleição na cidade tem sido tranquila, sem qualquer episódio de violência. Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha, tem dois candidatos: Gilberto Gomes de Souza e o atual vice-prefeito, que concorre em outra chapa.

Fonte : Itatiaia

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Capelinha terá show de David Quinlan




A Igreja Batista Vida Nova está completando  15 anos e realizará um grande evento em comemoração a esta data especial.
As festividades acontecerão de quatro a seis de novembro na sede da Igreja Batista Vida Nova que fical localizada na rua Belo Horizonte ,618,bairro Maria Lúcia.
Estarão presentes a cantora Edméia Oliveira e Banda, Pr Leotero Batista ( BH MG ) e outros ministérios locais.Quem vai fazer o show principal no evento será o cantor David Quinlan e banda que pela primeira vez estará presente na cidade de Capelinha.O show de David Quinlan acontecerá dia seis de novembro e promete ser uma grande festa de louvor ao Senhor Jesus Cristo em ação de graças por tudo que tem sido feito por Deus através da Igreja Batista Vida Nova.



CONFIRA A TRAJETÓRIA DO CANTOR DAVID QUINLAN
Em mais de dez anos de caminhada David Quinlan já gravou setes CDs e dois DVDs. Além disso, já participou de gravações ao lado de grandes nomes da música gospel como Ana Paula Valadão, Nívea Soares, Heloísa Rosa, Pra. Ludmila Ferber, Dany Grace, Baby do Brasil, Pr. Antônio Cirilo, Pr. Clovis Ribeiro, Pr. Cris Durán, Pr. Adhemar de Campos, Davi Sarcer, Davi Fernandes, Davi Silva, Pr. Wesley Ros, Pr. Joe Vasconcelos, Jeremiah Bowser, Marcos Witt, Coalo Zamorano, Ron Kenoly, Adoração e Adoradores, Clamor pelas Nações, Comunhão e Adoração, Vineyard, Banda Storge2, Banda Jó 42, Geração de Conquistadores, Banda Odre, entre outros.
Hoje o Ministério Paixão Fogo e Glória cresceu e, com o objetivo de levar as chamas do avivamento e a mensagem do evangelho da salvação, David e Bebel, além de ministrarem em viagens e eventos ao redor do Brasil e do mundo, tem investido e acreditado em novos ministros, por meio do Selo PFG – produção e distribuição.
COMPAIXÃO
Com o intuito de compartilhar as bênçãos e os recursos recebidos de Deus, o casal Quinlan fundou há mais de cinco anos o Compaixão, projeto social que desenvolve um belo trabalho de inserção social, profissional e espiritual a famílias da região metropolitana de Belo Horizonte.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O suicídio e o papel preventivo da igreja


   

O suicídio é uma questão importante de saúde pública. Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, que tem como objetivo alertar a população a respeito da realidade do problema no Brasil e no mundo, e discutir as formas de prevenção. A prevenção precisa começar nas famílias, nas escolas e também nas comunidades, como as igrejas.

Tamanho do problema

Segundo relatórios da OMS (Organização Mundial da Saúde) e de Programas de Saúde Mental, cerca de 1 milhão de pessoas cometem suicídio por ano. Nas estatísticas de tentativas (suicídios não concretizados) este número sobe para entre 15 a 25 milhões por ano. Para cada pessoa que comete suicídio, cerca de seis a dez pessoas próximas sofrerão de adoecimento emocional decorrente desta situação. Atualmente é a segunda maior causa de morte entre jovens (15-29 anos), um alto índice também em idosos e grupos populacionais que incluem pessoas que foram vítimas de violência. Apesar de sua maior incidência ser em países de baixa renda e desigualdade social, vem apresentando crescimento em países desenvolvidos com o aumento de quadros depressivos e abuso de álcool/drogas. O Brasil é hoje o oitavo país do mundo em número de suicídios.

Tabu dentro e fora da igreja

O tema da morte é historicamente um tabu ao ser abordado e em muitas culturas é evitado a todo custo. Mas o custo do silêncio é alto. O tema da “morte voluntária”, como no caso do suicídio, encontra ainda mais estigma e dificuldade de abordagem, por ser muitas vezes atribuído desordenadamente à temática da loucura, ou em círculos religiosos, ao pecado.

Se o tema do suicídio é tabu em muitos ambientes e culturas, imagine em comunidades cristãs! Muitas comunidades cultivam um discurso triunfalista que busca afastar qualquer vestígio de sofrimento e fragilidade, discurso que não condiz com o que realmente vivemos em nossa jornada de discipulado, intimidade com Deus e transformação contínua, tantas vezes permeada pela dor em um mundo caído. Outros tantos atribuem cruelmente as fragilidades à falta de fé, agravando ainda mais o quadro emocional.

O estigma, a vergonha, a impotência, a dificuldade em se compreender os fenômenos em saúde mental, as distorções teológicas que não abrem espaço para o diálogo. Como seres humanos, não estamos imunes aos sofrimentos psíquicos e angústias da alma. Leia sua Bíblia e encontrará uma diversidade de pessoas em sofrimento e questionamento, vivendo todas estas situações na companhia e amparo do Eterno.

Temos dificuldade em abordar questões emocionais, da subjetividade, que por tantas vezes nos parecem inacessíveis e inomináveis. Os sofrimentos de ordem psíquica mostram-se multifatoriais, sejam desequilíbrios químicos, aspectos biológicos, socioculturais e até mesmo “religiosos”.

Como comunidade cristã, sofremos de maneira geral com a dificuldade de integração entre temas da saúde mental e espiritualidade cristã, tão necessária e urgente nos dias atuais. Precisamos incentivar o diálogo para auxiliar na prevenção desta questão do suicídio, por exemplo, bem como de tantas outras que assolam a saúde emocional. A depressão, a ansiedade, o burnout, os transtornos de personalidade, o suicídio, o trauma, a violência, entre outras questões, afetam pessoas de todas as nações, classes sociais e crenças.

Afetam líderes e liderados, pastores e ovelhas. Precisamos cuidar uns dos outros e de nossas lideranças, tantas vezes exauridas em seus ministérios e necessitando de atenção e tempo disponível para cuidar dos aspectos de sua saúde física, mental ,espiritual, etc. Precisamos atuar tanto na prevenção quanto no cuidado com aqueles que já sofrem e os que são impactados pelas consequências desta realidade.

O papel da comunidade

O papel da comunidade no auxílio à prevenção é de singular importância nestes processos de adoecimento multifatoriais. Não podemos caminhar sozinhos em meio à dor. Quando a comunidade sai da postura da negação (“isso não acontece com discípulos de Jesus” – quantas vezes escuto isto...) e as pessoas se percebem humanas, frágeis, parte de um mundo caído e que necessita de restauração e ressurreição interior, aí sim, começamos a dialogar. Quando nos percebemos tão necessitados da Graça de Deus e tão dependentes Dele, buscando sentido para a vida e razão para a existência, nos aproximamos do sofrimento do próximo com uma escuta mais amorosa e misericordiosa. Quando nos tornamos conscientes acerca destas questões, a comunidade se torna um espaço potencial que pode promover cuidado e restauração. A construção de vínculos de apoio mútuo, o senso de pertencimento, o contexto para a busca de sentido da vida e o espaço frutífero para nutrir a esperança, desfrutando da intimidade de Deus e uns dos outros.

Precisamos da comunidade de amigos e irmãos que nos incentivem na vida devocional, nos integrem em serviço ao próximo. Comunidade que esteja atenta para discernir os sinais de adoecimento psíquico e fatores de risco. Que respeite as fragilidades, que caminhe na direção do outro com ação e oração. O primeiro passo é nossa abertura para ouvir sobre estes temas e falar abertamente sobre eles. Esta realidade está presente em todas as nossas comunidades.

É importante pontuar que precisamos reconhecer nossos limites. Deus age de diversas maneiras. Precisamos de abertura às parcerias e encaminhamentos, agregando todos os recursos que Deus nos doou e disponibilizou nas diferentes áreas de conhecimento e atuação, para que o cuidado seja integral. Somos seres bio-psico-sociais-espirituais e precisamos cuidar de todos estes aspectos que compõe o todo. Sejam líderes, membros da comunidade, psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, etc, todos contribuindo para que este cuidado seja mais amplo e eficaz.

Saiba mais sobre o Setembro Amarelo


• Karen Bomilcar é psicóloga clínica hospitalar, mestre em Teologia e Estudos Interdisciplinares pelo Regent College (Canadá). Atualmente reside em São Paulo (SP) onde serve no discipulado e cuidado pastoral de pessoas de diversas comunidades cristãs.
Fonte: www.ultimato.com.br

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Turmalina - Acidente deixa três vítimas fatais




Imagens de internautas via Whats app



Na manhã dessa sexta feira aconteceu um grave acidente na BR 367  próximo à entrada do distrito de Caçaratiba.
Houve uma forte colisão entre um  Prisma e um  ônibus  deixando três vítimas fatais.

Os ocupantes do prisma que faleceram  estavam vindo de São Paulo com destino a Pedra azul para visitarem parentes.
Segundo algumas informações ainda não confirmadas,morreram uma mulher, mãe do bebê de seis meses e uma jovem de 15 anos que também faleceram.O pai e a outra criança , gêmea da que faleceu resistiu e está no Hospital São Vicente em Turmalina.
Ainda estou buscando mais informações e assim que o fizer postarei aqui no blog.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O caminho sombrio para o suicídio de pastores. PORQUE PASTORES SE DEPRIMEM?



PORQUE PASTORES SE DEPRIMEM? COMO PODE UM HOMEM DE DEUS FICAR TÃO ABATIDO ASSIM?


 Andrew Keller/Freeimages.com


Andrew Keller/Freeimages.com
Andrew Keller/Freeimages.com
De acordo com o Instituto Schaeffer, “70% dos pastores lutam constantemente contra a depressão, 71% se dizem esgotados, 80% acreditam que o ministério pastoral negativamente suas famílias e 70% dizem não ter um amigo próximo”.
A causa mais comum noticiada para o suicídio de pastores e líderes é a depressão, associada a esgotamento físico e emocional, traições ministeriais, baixos salários e isolamento por falta de amigos.

DEPRESSÃO:

Porque pastores se deprimem? Como pode um homem de Deus ficar tão abatido assim?

– A Bíblia menciona homens e mulheres fiéis que ficaram neste estado e que desejaram morrer — entre esses estão Rebeca, Jacó, Moisés e Jó. — Gn 2522; 37.35; Nm 11.13-15; Jó 14.13. Especialmente Elias (1 Reis 19.4)

– Elias teve um ministério de sucesso: previsão da seca; ressuscitou uma criança; enfrentou os profetas de Baal; etc.

– Tinha vigor físico – correu à frente do carro de Acabe (1 Reis 18.46) – ou seja, não tinha problemas físicos;

– Uma ameaça real – jurado de morte – fez perder o sentido da vida em um escalonamento (1 Reis 19.3 e 4):

Preocupação com a vida
Isolamento social
Desistência da vida
– O medo de perder a vida paradoxalmente o fez perder o sentido da vida

– Escalonamento de vitimização:

Ocorre em relacionamentos simétricos quando não há concordância sobre as posições de superioridade e sujeição na relação
Podem brigar pelo controle em suas posições (de superioridade ou sujeição) – existe pouco consenso em relação às posições e ambos acabam se sentindo vítimas
A escalação sacrificial se dá quando quem ganha perde
– Ameaças reais que se interpõe na vida cotidiana – podem ser o ‘gatilho’ para desencadear a falta de desejo pela vida:

falência financeira
término de um relacionamento amoroso – divórcio
perda do emprego
perda de uma pessoa amada, de um filho
fracasso profissional – injustiças
abandono social – falta de amigos


ESGOTAMENTO FÍSICO E EMOCIONAL:

Descanso e saúde:

– Trabalho e descanso marcam um ritmo vital

São atitudes complementárias
Uma iniciativa humana que se articula complementarmente através do “descanso” com a natureza própria da vida
– Quando o homem descansa, ele não interrompe sua tarefa vital, apenas a significa

Outorga um sentido – trabalha confiante que sua tarefa é um prolongamento de uma bondade que se afirma no próprio Deus
O trabalho do homem não se assegura em um rendimento transacional, mas em uma mutualidade originada na doação do tempo que cada um de nós recebe com um presente.
– Descansar é um comportamento que surge de estar existencialmente “confiado”:

Crer que cada um faz o que faz a partir de uma “boa vontade”, ou seja, da própria espontaneidade da vida
É deixar que a beleza da rosa o atravesse, enquanto se trabalha e criar com o martelo que labora os ritmos de descanso que o florescer da rosa convida
Descansar é imprescindível para uma vida saudável:
Descansar significa “ser capaz de distanciar-se daquilo que nos torna obsessivos”
Esta disposição está ligada à nossa corporalidade e é independente de nossa vontade – não pode ser fabricado, apenas chega a nós
O descanso é aquilo que nos faz dormir em paz
As manobras da sociedade de consumo:
A tentativa de descanso através da “prótese”: excesso de álcool, tranquilizantes, compulsões (do turismo merecido até a religião tóxica, passando por uma sexualidade de performance)
O descanso é como uma visita que realça a hospitalidade própria do amor, criando uma nova fecundidade onde o cansaço havia obscurecido a esperança
Em síntese: descansar é RE-VIVER!


FALTA DE AMIGOS:

Pastores têm poucos amigos, às vezes nenhum.
Em reuniões exclusivas para pastores, a maioria conta proezas, sucessos, vitórias e conquistas na presença dos demais, num clima de competição para mostrar que possui êxito no exercício ministerial.
Na conversa íntima dos consultórios, o sofrimento se revela.
Pastores contemporâneos são cobrados como – e muitos se sujeitam a ser – executivos que precisam oferecer resultados numéricos às suas instituições.
Há uma relação circular perversa de falso significado de sucesso: pastor e instituição se conluiam em uma rota autodestrutiva
A figura do pastor-pai-cuidador está escassa; aquele que expõe a Palavra à comunidade-família, aconselha os que sofrem e cuida dos enfermos e das viúvas.
Há uma crise de identidade funcional entre o chamado pastoral e as exigências do mercado religioso institucional.


Estratégias de poder – poder sobre:      Estratégias de compaixão – poder com:
curar                                                      cuidar
expert                                                     ajudador
técnico                                                   interação
distancia emocional                               envolvimento
unidireccional                                        circular
razão                                                      imaginação

quando me sinto responsável pelo outro “eu”                       quando me sinto responsável pelo  outro “eu”

falo                                                                         escuto
dirijo                                                                       convido
coloco/retiro                                                            sintonizo
protejo                                                                     animo
resgato                                                                     compartilho
controlo                                                                    relevo
interpreto                                                                  sou sensível

eu me sinto                                                                        eu me sinto
ansioso                                                                                 livre
cansado                                                                                solto
temeroso                                                                              alerta
obrigado                                                                              corresponsável

eu estou comprometido com                                       eu estou comprometido com
a solução                                                                            relacionar alma com alma
respostas                                                                            sentimentos
circunstancias                                                                    pessoas
estar bem                                                                          ter compaixão


espero que a persona viva minhas expectativas          confio que o  processo me permita dançar com..


ALGUMAS ALTERNATIVAS:



Pastores:

Encontrar um amigo que o aceite como é, com suas bobagens e defeitos, com quem se possa “jogar conversa fora” e não se saiba explicar o porquê da amizade.
Encontrar um conselheiro ou terapeuta de confiança para abrir a alma.
Ter tempo para o SHABATT – fora do padrão compulsivo
Descobrir a importância do “descanso relacional”
Estar atento às relações de escalonamento sacrificial – especialmente com a instituição (representada por dirigentes/membros obsessivos)


Instituições:

Promover encontros de pastores que possuam caráter terapêutico/curador. Com facilitadores habilitados na condução de compartilhamento de emoções que afetam a vida pastoral;
Diminuir as pressões de resultados numéricos sobre a função pastoral.
Estar atenta a um padrão mínimo de orçamento-salário pastoral, para que ele e sua família não sofram privações.

Desmitificar pseudo-hierarquizações: papéis x poder, realçando a humanidade de todos e o pertencimento mútuo.


Fonte : www.ultimato.com.br

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Coligação " De volta ao progresso" anuncia Maria Helena da Rocha e Claudia Aparecida de Castro como candidatas à prefeitura de Turmalina

Maria Helena da Rocha
Candidata a Prefeita


CLAUDIA DE TIA-TIA
Candidata a vice prefeita

Foram divulgadas as candidatas à prefeita e vice pela coligação " De volta ao progresso"que substituirão os antigos candidatos que renunciaram Zailson e Quincas.Trata- se de Maria Helena da Rocha - Lena do Birosca e Claudia Aparecida de Castro - Claudia de Tia - Tia.
Como já anunciamos nesse blog em uma postagem anterior,cabe apenas anunciar a substituição do então candidato a vice César do hospital por Claudia Aparecida de Castro.
No site onde são divulgadas as candidaturas, a situação "aguardando julgamento"é a informação de momento da condição  das candidatas pela coligação " De volta ao progresso". Mas é questão de tempo para o TSE deferir a candidatura de Lena do Bisrosca e Claudia de Tia-Tia para a prefeitura de Turmalina.  

Banda 3 em 1 garante o primeiro lugar na 9ª Noite de Talentos

Banda 3 em  - 1º lugar


A 9ª Noite de Talentos aconteceu ontem com a presença de 9 intérpretes que agitaram o público que estava presente na Noite Gospel do 31 º Festur.
Em uma mistura de arte, sons e ritmos ouvimos poesias cantadas por adoradores que aproveitaram bastante o palco do 31 º Festur.
Saulo Ferreira Rocha  levou o prêmio de R$ 1000,00 e troféu pela conquista do terceiro lugar com a música Sacrifício de louvor da compositora Érica Caldeira.
Euler Pires garantiu o segundo lugar com a música oração e levou o prêmio de R$ 1500,00 e troféu.
A surpresa da noite ficou por conta da Banda 3 em 1 da cidade de Capelinha que faturou R$ 2500,00 e troféu como primeiro lugar na 9 ª Noite de Talentos com a música Meu salvador de Marley Kontidio.
Euller Pires - 2º lugar
A Noite Gospel ainda teve grandes atrações: teatro com o grupo Metanoia , a cantora Edméia Oliveira e a dupla André e Felipe que sacudiram a praça da matriz  em uma noite especial.
Saulo Ferreira - 3 º lugar











Fotos : Lucinete - Lu Fotografia

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Confira a ordem das apresentações dos Intérpretes na 9ª Noite de Talentos



ORDEM DA APRESENTAÇÃO DOS CANDIDATOS

1º - Saulo Rocha
2º - Banda Skylley
3º - Ander Silva
4º - Hilton Lesllie
5º - José Augusto
6º - Isis Siqueira
7º - Euller Pires
8º - Overdrive
9º - Três em Um


O início das apresentações será 20 h, impreterivelmente.
        Portanto TODOS OS CANDIDATOS deverão comparecer com 1 hora de antecedência, 19 h.
        Agradecemos a participação e oramos para que a noite seja de verdadeira adoração
        A ordem das Apresentações foi sorteada pela Comissão Organizadora.

sábado, 3 de setembro de 2016

Reviravolta! Candidato Zailson desiste de candidatura e coligação de volta ao progresso tem novo nome para a disputa eleitoral

Maria Helena da Rocha
Nova candidata da coligação " De volta ao Progresso"


Anunciei aqui algum tempo em uma postagem que em Turmalina teríamos três candidatos ao cargo de prefeito municipal.Fato que se confirmou com a candidatura de Zilmar e Valmir do Cav pela coligação "Honestidade, liberdade e desenvolvimento"; Carlinhos Barbosa e Roberto Meire pela coligação "Juntos para mudar" e Zailson e Quincas pela coligação "De volta ao progresso".
Poucos dias após o registro das candidaturas e com as campanhas em andamento, surge um fato que surpreende o eleitorado turmalinense , a desistência do candidato pela coligação " De volta ao progresso": Zailson e de seu vice Quincas.
Foi grande a agitação nas redes sociais e em poucos dias surgiram novos nomes para a corrida eleitoral turmalinense, trata-se da candidatura de  Maria Helena da Rocha(conhecida como Lena do Birosca )que até então estava pleiteando para o cargo de vereadora.Para vice o escolhido foi o ex-vereador César (conhecido como César do hospital).
No site onde o TSE divulga as candidaturas,os nomes de Zailson e Quincas ainda aparecem como candidatos, e o de Maria Helena da Rocha (Lena do Birosca) aparece como candidata a vereadora pelo PMDB.Zailson pode ser ouvido ainda como candidato a prefeito no  programa eleitoral exibido hoje na rádio local.Mas o Ex- prefeito Zailson já divulgou carta aos correligionários alegando motivos pessoais para a desistência da campanha.
Ainda estou buscando informações junto ao TSE, mas a informação até o presente momento é essa: Zailson e Quincas não são mais candidatos , dando lugar a Maria Helena da Rocha (Lena do Birosca) e César do hospital.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Confira a relação de intérpretes que concorrerão na 9ª Noite de Talentos :

Confira a relação de intérpretes que concorrerão na 9ª Noite de Talentos :


Intérprete
Nome da Música
Compositor
Ander Silva
Pra que mentir pro coração
Daniel Oséias
Isis de Cássia Siqueira
Faça Morada
Jeferson Cordeiro
Saulo Ferreira Rocha
Sacrifício de louvor
Érica Caldeira Procópio
Banda Skylley
Criação
Leonardo Azevedo Barbosa
Banda Overdrive
Minha Canção
Jeferson Cordeiro
Euller Pires
Oração
Euller Pires
Hilton Lésllie de Oliveira
Canção de calçada
Hilton Lésllie de Oliveira
José Augusto Nunes Santos
Teu Abraço
Jeferson Cordeiro
Banda Três em Um           

Meu Salvador
Marley Kondidio


A ordem das apresentações será definido por sorteio que será realizado pela organização do evento.
Os concorrentes deverão estar presentes na praça da matriz a partir das 18:30 hrs do dia 08 de setembro para se ambientarem com o evento e para que possamos nos organizar melhor.
Você pode conhecer a ordem das apresentações ainda essa semana, definiremos em sorteio e publicaremos o mais breve possível nesse blog.