domingo, 31 de março de 2013

UM DOMINGO DE PÁSCOA PARA OS QUE SOFREM



Adilson Ferreira

Depois de uma sexta feira de dor , representada no calvário e  morte de Jesus Cristo , antecedida por dias de solidão e medo,quando os amigos se foram , os discípulos revelaram que todos àqueles anos de aprendizado ao lado de Cristo havia representado pouco. Sua agonia ainda fala, faz Dele homem que trouxe pra cá sua divindade levando pra lá as marcas da  nossa humanidade.
Mas esta sexta feira de morte foi sucedida por um sábado de decepção,solidão e frustração de um povo que entendeu ter achado em Cristo um rei para um reino humano, mas num Domingo de Páscoa  o reino nos é revelado na ressurreição Daquele que da morte ressurgiu , na Cruz nos ensinou o valor da obediência,e ao terceiro dia se mostrou Deus , não para aqueles que duvidaram Dele, mas para todos aqueles que com Ele aprenderam a andar e amar.
Em um domingo de páscoa Ele nos ensina que a morte, dor, lágrimas e solidão podem ser apagadas  na ressurreição de um Cristo desacreditado, de um Rei com coroa de espinhos, de um Deus encarnado, que é alvejado pelas mãos pesadas, gritos impiedosos, açoites de um povo que não o recebeu como Deus.
Aprendemos que as dores que se sofre agora poderão ser superadas, as lágrimas derramadas em um sexta de sofrimento serão transformadas em um domingo de páscoa.
Mães que sofrem com filhos a procura de uma medula compatível, crianças que sofrem na luta contra o câncer, pais que vêem seus filhos se entregando diariamente ao crack, esposas que não se sentem amadas por seus maridos, filhos que nunca tiveram dos pais um abraço fruto de amor, gente que nunca soube o porque da bala perdida ter alcançado o filho mais educado e carinhoso, o marido mais fiel , o único politico honesto;é num domingo de páscoa que filhos se sentem abraçados por pais que nunca tiveram , mães são curadas da dor de perder quem por elas um dia foi gerado em dor , mas concebido não pra ser entregue ao acaso da violência urbana, da maldade humana e das mazelas trazidas pelo tempo que insiste em levar de nós o que temos de mais precioso.
Gente que sofre é restaurada ,alcança com Cristo a ressurreição num domingo de páscoa e a morte é vencida, a dor superada e a lágrima enxugada ,todo lugar de morte alcança a vida ainda que por muito tempo tenha tido como habitação as profundezas : " E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados;
E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos."(Mt 27 -52 e 53).
Vai chegar o tempo que a ressurreição irá alcançar à todos, embora ainda não compreendemos algumas sextas feiras de dor e morte que tão de perto nos rodeiam.

" Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados;
 Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade.
E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.
Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?
Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.
Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso SENHOR Jesus Cristo.
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.(1Cor 15 - 52 a 58)

sábado, 30 de março de 2013

Sem fiéis, igreja alemã coloca templos à venda




Vende-se uma igreja por € 135 mil (R$ 350 mil). Quem está à procura de uma capela pode conseguir uma por € 20 mil (R$ 51 mil).
Essas ofertas são da arquidiocese de Berlim, que tenta há semanas se desfazer de templos que estão órfãos de fiéis.
Com a Igreja Evangélica alemã não é diferente. Os evangélicos criaram um site para divulgar a oferta de 170 templos e 140 terrenos.
De 1990 a 2010, 340 templos evangélicos foram fechados no país, segundo o diário espanhol "El País".
Embora a Igreja Católica tenha sido liderada recentemente por Bento 16, alemão, 400 templos foram fechados apenas em 2011, segundo a Conferência Episcopal daquele país.
O índice de alemães católicos e evangélicos caiu 10% e 17%, respectivamente, desde os anos 1990.
POLÊMICA
Uma igreja evangélica na cidade de Hamburgo, vendida no final do ano passado por falta do comparecimento de fiéis, agora está nas mãos do islã. O negócio acabou com a convivência pacífica entre cristãos e muçulmanos na cidade.
Na semana passada, cerca de 300 neonazistas iniciaram protestos contra seguidores do islã. A polícia teve de intervir para evitar uma briga religiosa.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Fernandinho estará no Globo Repórter desta sexta-feira (29)



Não perca o Globo Repórter desta sexta-feira, dia 29, com a participação do cantor Fernandinho


A Equipe Faz Chover divulgou hoje, 26 de março, que Fernandinho irá aparecer em participação no Globo Repórter.
 
"É nessa sexta-feira, dia 29/03, q vai ao ar o Globo Reporter com a participação de Fernandinho. Não perca!", publicou a equipe no Facebook.
 
O 'Globo Repórter' é exibido pela Rede Globo a partir das 22h22.
 
fernandinho

sexta-feira, 22 de março de 2013

Jean Willys em entrevista polêmica acusa pastores da violência contra gays e se diz eleito pela força dos orixás. Assista sem cortes.






Circula nas redes sociais evangélicas um vídeo com trechos de uma entrevista concedida no ano passado pelo ativista e deputado Jean Willys entremeados por palavras de ordem, música funesta e edição sensacionalista. O material original é parte do programa Sem Censura exibido no canal Brasil.

As declarações do ativista são, de fato, polêmicas e fortes. Da mesma forma, são igualmente graves os fatos relatados acerca de crimes de ódio.

Willys defende as suas convicções, obviamente, muito diferentes das crenças da maioria dos evangélicos. O ativista vai adiante e apresenta uma opinião acerca do papel da psicologia na questão homossexual tão panfletária de sua causa quanto são as opiniões que combate e mostra que o equilíbrio e a tolerância que tanto preconiza também estão distantes do seu discurso.

Contudo, entendendo que é fundamental avaliar toda a entrevista a fim de pesar a gravidade das declarações, no contexto em que foram feitas, bem como, rebater generalizações, Genizah oferece aos seus leitores a versão integral, sem cortes e sem montagem, do programa.

Um dos aspectos mais polêmicos da entrevista é a surpreendente revelação do entrevistado  acerca da sua religiosidade, o que provoca estranhamento diante do seu discurso habitual.

A participação de Jean Willys se inicia aos vinte minutos e quinze segundos do vídeo (20:15). As declarações polêmicas estão logo adiante e seguem até os quarenta e tantos minutos. Assista, reflita e comente:







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segunda-feira, 18 de março de 2013

Pedro, Paulo e Francisco



A renúncia do papa Bento 16 e a eleição do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio para substituí-lo trazem à tona, mais uma vez, a questão da reivindicação da Igreja Católica de que o papa é o legítimo sucessor do apóstolo Pedro como cabeça da Igreja de Jesus Cristo aqui na terra. Francisco se senta no trono de Pedro. Então, tá.

Obviamente, a primeira questão a ser determinada é se o apóstolo Pedro, de alguma forma, teve algum trono, se ele foi uma espécie de papa da nascente igreja cristã no século I e se ele deixou sucessor, que por sua vez, nomeou seu próprio sucessor e assim por diante, até chegar, de Pedro, a Francisco. Eu digo “primeira questão” não somente por causa da sequência lógica da discussão, mas por causa da sua importância. Tanto católicos quanto protestantes tomam as Escrituras Sagradas como a Palavra de Deus. Portanto, é imprescindível que um conceito de tamanha importância como este tenha um mínimo de fundamento bíblico. Mas, será que tem?

É verdade que Cefas, também chamado de Simão Pedro, foi destacado pelo Senhor Jesus em várias ocasiões de entre os demais discípulos. Ele esteve entre os primeiros a serem chamados (Mt 4.18) e seu nome sempre aparece primeiro em todas as listas dos Doze (Mt 10.2; Mc 3.16). Jesus o inclui entre os seus discípulos mais chegados (Mt 17.1), embora o “discípulo amado” fosse João (Jo 19.26). Pedro sempre está à frente dos colegas em várias ocasiões: é o primeiro a tentar andar sobre as águas indo ao encontro de Jesus (Mt 14.28), é o primeiro a responder à pergunta de Jesus “quem vocês acham que eu sou” (Mt 16.16), mas também foi o primeiro a repreender Jesus afoitamente após o anúncio da cruz (Mt 16.22) e o primeiro a negá-lo (Mt 26.69-75). Foi a Pedro que Jesus disse, “apascenta minhas ovelhas” (Jo 21.17). Foi a ele que o Senhor disse, “quando te converteres, fortalece teus irmãos” (Lc 22.32). E foi a ele que Jesus dirigiu as famosas palavras, “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus” (Mt 16.18-19).

Apesar de tudo isto, não se percebe da parte do próprio Pedro, dos seus colegas apóstolos e das igrejas da época de Pedro, que ele havia sido nomeado por Jesus como o cabeça da Igreja aqui neste mundo, para exercer a primazia sobre seus colegas e sobre os cristãos, e para ser o canal pelo qual Deus falaria, de maneira infalível, ao seu povo. Ele foi visto e acolhido como um líder da Igreja cristã juntamente com os demais apóstolos, mas jamais como o supremo cabeça da Igreja, sobressaindo-se dos demais.

Para começar, o apóstolo Paulo se sentiu perfeitamente à vontade para confrontá-lo e repreendê-lo publicamente quando Pedro foi dissimulado em certa ocasião para com os crentes gentios em Antioquia (Gl 2.11-14). O apóstolo Tiago, por sua vez, foi o líder maior do Concílio de Jerusalém que definiu a importante questão da participação dos gentios na Igreja, concílio este onde Pedro estava presente (Atos 15.1-21). E quando uma decisão foi tomada, ela foi enviada em nome dos “apóstolos e presbíteros” e não de Pedro (At 15.22). Os judeus convertidos, líderes da Igreja de Jerusalém, e que achavam que a circuncisão era necessária para os gentios que cressem em Jesus, não hesitaram em questionar Pedro e confrontá-lo abertamente quando ele chegou a Jerusalém, após ouvirem que ele tinha estado na casa de Cornélio, um gentio. E Pedro, humildemente, se explicou diante deles (At 11.1-3). Os crentes da igreja de Corinto não entenderam que Pedro estava numa categoria à parte, pois se sentiram a vontade para formarem grupos em torno dos nomes de Paulo, Apolo e do próprio Pedro, não reconhecendo Pedro como estando acima dos outros (1Co 1.12).

O apóstolo Mateus, autor do Evangelho que carrega seu nome, não entendeu que a promessa de Jesus feita a Pedro, de que este receberia as chaves do Reino dos céus e o poder de ligar e desligar (Mt 16.18-19), era uma delegação exclusiva ao apóstolo, pois no capítulo seguinte registra as seguintes palavras de Jesus, desta feita a toda igreja:

Se teu irmão pecar contra ti, vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus (Mt 18.15-18 - negrito adicionado para ênfase). 

É muito instrutivo notar a maneira como o apóstolo Paulo via Pedro, a quem sempre se refere como Cefas, seu nome hebraico. Paulo o inclui juntamente com Apolo e a si próprio como meros instrumentos através dos quais Deus faz a sua obra na Igreja (1Co 3.22). Se Paulo tivesse entendido que Pedro era o líder máximo da Igreja, não o teria citado por último ao dar exemplos de líderes cristãos que ganhavam sustento e levavam as esposas em missão (1Cor 9:4-5). Ele reconhece que Cefas é o líder da igreja de Jerusalém, mas o inclui entre os demais apóstolos (Gl 1.18-19) e ao mencionar os que eram colunas da igreja deixa Cefas em segundo, depois de Tiago (Gl 2.9). E em seguida narra abertamente o episódio em que o confrontou por ter se tornado repreensível (Gl 2.11 em diante). Bastante revelador é o que Paulo escreve quanto ao seu próprio chamado: “aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão também operou eficazmente em mim para com os gentios” (Gl 2.6-8). Por estas palavras, Paulo se considerava tão papa quanto Pedro!

Nem mesmo Pedro se via como um “primus inter pares”, alguém acima dos demais apóstolos. Quando entrou na casa de Cornélio para pregar o Evangelho, o centurião romano se ajoelhou diante dele em devoção. Pedro o ergue com estas palavras, “Ergue-te, que eu também sou homem” (At 10.26). Pedro reconhece humildemente que os escritos de Paulo são Escritura inspirada por Deus, esvaziando assim qualquer pretensão de que ele seria o único canal inspirado e infalível pelo qual Deus falava ao seu povo (2Pe 3.15-16). E claramente explica que a pedra sobre a qual Jesus Cristo haveria de edificar a sua igreja era o próprio Cristo (1Pe 2.4-8), dando assim a interpretação final e definitiva da famosa expressão “tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”. A “pedra” referida pelo Senhor era o próprio Cristo.

Em resumo, ninguém no século I, ninguém mesmo, nem o próprio Pedro, entendeu que Jesus tinha dito a ele que ele era a pedra sobre a qual a Igreja cristã seria edificada. E nunca esta Igreja tomou medidas para achar um substituto para Pedro após a sua morte.

E isto introduz a segunda questão, que é a sucessão de Pedro. Creio que basta reproduzir aqui as palavras do próprio Pedro com relação à preservação do seu legado após a sua morte. Na sua segunda epístola ele faz menção de que tem consciência da proximidade de sua morte e que se esforçará para que os cristãos conservem a lembrança do Evangelho que ele e os demais apóstolos pregaram. E de que forma? Não apontando um sucessor para conservar este Evangelho como um guardião, mas registrando este Evangelho nas páginas sagradas da Escritura – é por isto que ele escreveu esta epístola. Confira por você mesmo:

Por esta razão, sempre estarei pronto para trazer-vos lembrados acerca destas coisas, embora estejais certos da verdade já presente convosco e nela confirmados. Também considero justo, enquanto estou neste tabernáculo, despertar-vos com essas lembranças, certo de que estou prestes a deixar o meu tabernáculo, como efetivamente nosso Senhor Jesus Cristo me revelou.
Mas, de minha parte, esforçar-me-ei, diligentemente, por fazer que, a todo tempo, mesmo depois da minha partida, conserveis lembrança de tudo.
Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade, pois ele recebeu, da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
Ora, esta voz, vinda do céu, nós a ouvimos quando estávamos com ele no monte santo. Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração, sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.
(2Pe 1.12-21 - negrito adicionado para ênfase).

Qual foi o esforço que Pedro fez para que, depois de sua partida deste mundo, os cristãos conservassem a lembrança do Evangelho, conforme sua declaração acima? Pedro deixa seu legado nas cartas que escreveu, e que ele considera suficientes para manter os cristãos relembrados de tudo que ele e os demais apóstolos ensinaram. Não há a menor noção de um substituto pessoal, alguém que tomasse seu lugar e transmitisse a outros sucessores o tesouro da fé cristã. Não foi à toa que a nota central da Reforma foi a rejeição do papado e o estabelecimento das Escrituras com sendo a única e infalível fonte de revelação divina.

Não questiono que Francisco seja o legítimo sucessor de Bento, como líder da Igreja Católica. O que não vejo é qualquer fundamento bíblico para aceitar que Pedro tenha sido papa e que Francisco é seu legítimo sucessor.

Texto do Antigo Egito recém-decifrado relata acerca de um jantar de Pôncio Pilatos com Jesus antes da crucificação



Decifrado um texto de origem egípcia, datado de quase 1.200 anos, que relata a história da crucificação de Jesus Cristo.


O documento, escrito na língua copta, possui dados nunca vistos antes e diversas reviravoltas apócrifas.

O texto antigo apresenta a história do juiz que autorizou a crucificação de Jesus, Pôncio Pilatos e que, supostamente, havia jantado com Jesus antes de sua crucificação e também havia oferecido seu próprio filho no lugar de Jesus. O documento também explica por que Judas usou um beijo para trair seu mestre, e o dia da prisão de Jesus, segundo o texto, era terça-feira à noite, e não quinta-feira, o que contraria a linha do tempo na qual se celebra a Páscoa.

A descoberta do texto não significa que esses eventos aconteceram, mas sim que algumas pessoas, que viviam naquele momento, pareciam ter acreditado neles, disse Roelof van den Broek, da Universidade de Utrecht, na Holanda, que publicou a tradução do livro "Pseudo-Cirilo de Jerusalém sobre a Vida e a Paixão de Crist ", (Brill, 2013).

As cópias do texto são encontradas em dois manuscritos, um no Museu e Biblioteca Morgan, em Nova York e outra no Museu da Universidade da Pensilvânia. A maior parte da tradução vem do texto em Nova Iorque, já que o manuscrito localizado na Pensilvânia é considerado ilegível.
O jantar de Pôncio Pilatos com Jesus antes da crucificação
O autor Van den Broek escreveu um e-mail para a LiveScience, relatando nunca ter ouvido a história contada nestes textos escritos, incluindo tanto o suposto jantar do juiz com seu réu, quanto a oferta que Pilatos faz para poupar Jesus, substituindo-o pelo próprio filho.

"Sem mais delongas, Pilatos preparou uma mesa, e ele comeu com Jesus no quinto dia da semana. Jesus abençoou Pilatos e toda a sua casa", diz parte do texto na tradução. Pilatos depois diz a Jesus, "bem, então, eis que a noite chegou, levantar-se e retirar-se, e quando a manhã vem e me acusam por sua causa, vou dar-lhes o filho que eu tenho para que eles possam matá-lo em seu lugar".

Ainda de acordo com o texto, Jesus o consola dizendo: "Oh Pilatos, você foi considerado digno de uma grande graça, porque você tem mostrado boa disposição para mim”.

Jesus também mostrou a Pilatos que se ele quisesse escapar da própria morte, ele poderia fazê-lo tranquilamente: "Pilatos, então, olhou para Jesus e, eis que ele se tornou incorpóreo: Pilatos não pôde vê-lo por um longo tempo [...]" relata o escrito.

“Pilatos e sua esposa, ambos têm visões naquela noite que mostram uma águia (representando Jesus) ser morto. Nas igrejas coptas e etíopes, Pilatos é considerado um santo, o que explica o seu retrato simpático no texto”, explica Van den Broek.

Por que Judas traiu Jesus com um beijo?
Segundo a bíblia canônica, Judas traiu seu mestre em troca de dinheiro, e o beijo servia para identificá-lo dentre os demais apóstolos, e assim levá-lo para a prisão. Já o escrito apócrifo, dá outra versão, no qual explica que o beijo foi necessário porque Jesus tinha a capacidade de mudar de forma.

"Então, os judeus disseram a Judas: Como é que vamos prendê-lo [Jesus], pois ele não tem uma única forma, mas muda sua aparência. Às vezes ele é ruivo, às vezes, ele é branco, às vezes, ele é vermelho, às vezes ele é trigo colorido, às vezes ele é pálido como ascetas, às vezes ele é um jovem, às vezes, um homem velho [...]”.

Isto leva Judas a sugerir o uso de um beijo como forma de identificá-lo. Se Judas tivesse dado apenas uma descrição de Jesus, ele poderia ter mudado sua forma física. Beijando Jesus, Judas diz para as pessoas exatamente quem ele é.

O especialista Van den Broek escreve: "Esta explicação do beijo de Judas é encontrado pela primeira vez em Orígenes [um teólogo que viveu 185-254 d.C]". Em seu trabalho, o teólogo afirmou que "para aqueles que viram ele [Jesus] ele não apareceu de forma semelhante a todos."
Representação de São Cirilo
O texto é escrito em nome de São Cirilo de Jerusalém, que viveu durante o século IV. No relato, Cirilo conta a história da Páscoa, como parte de um sermão.

Perto do início do texto, Cirilo, ou a pessoa que escreve em seu nome, afirma que um livro foi encontrado em Jerusalém mostrando os escritos dos apóstolos sobre a vida e crucificação de Jesus. Certa parte do texto diz: "Ouça-me, oh meus filhos honrados, e deixe-me dizer-lhe algo do que estava escrito na casa de Maria [...]”.


Van den Broek, mais uma vez, contesta tal fato dizendo que é improvável que tal livro pudesse ter sido encontrado na vida real. Segundo o pesquisador, essa afirmação usada por Cirilo tinha o objetivo de melhorar a credibilidade das visões peculiares e dos fatos não canônicos que ele estaria prestes a apresentar. Tudo, dessa forma, poderia passar apenas como uma manobra apostólica.


A prisão de Jesus na terça-feira
Nos textos canônicos, a última ceia e a prisão de Jesus acontecem na quinta-feira à noite, e atualmente os cristãos marcam esta data como Quinta-Feira Santa. Entretanto, os relatos de Cirilo afirmam que a prisão de Jesus se passou na noite de terça-feira, como se a história canônica sobre sua prisão não existisse.
Quem acreditou nessas histórias apócrifas?

"No Egito, a Bíblia já havia se tornado canonizada nos séculos quarto e quinto, mas as histórias e os livros apócrifos permaneceram populares entre os cristãos egípcios, especialmente entre os monges", escreve o pesquisador.

"Acho que é difícil acreditar que ele realmente fez tudo o que foi relatado, mas alguns detalhes, por exemplo, a refeição com Jesus, pode ser que realmente tenha acontecido", escreve Van den Broek.

"As pessoas da época, mesmo aquela instruídas, não tinham uma atitude histórica crítica. Se milagres foram potencialmente possíveis, por que não acreditar em uma velha história como essa?", conclui o pesquisador deixando a questão e a polêmica no ar.



 Zé Luís, do Cristão Confuso, viu no Jornal Ciência e trouxe para os leitores do Genizah avaliarem a novidade. 
Ele, pessoalmente, sabe que é apenas mais um apócrifo entre  as dezenas perdidas por aí. Mas o que os leitores daqui pensam?




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Papa Francisco I: argentino Jorge Bergoglio já se ajoelhou para receber oração de Pastor e tenta aproximar as igrejas católica e evangélica


Papa Francisco I: argentino Jorge Bergoglio já se ajoelhou para receber oração de Pastor e tenta aproximar as igrejas católica e evangélica
O cardeal Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, foi escolhido como o novo papa da Igreja Católica, na quarta votação do conclave realizado para substituir o agora papa emérito, Bento XVI.
Bergoglio, que é argentino de ascendência italiana, e escolheu o nome de papa Francisco I, e se pronunciou na Praça de São Pedro logo após o anúncio de sua escolha, pedindo que os fiéis orassem por ele, em silêncio.
Sua espontaneidade na cerimônia quebrou alguns protocolos pré-definidos pelo Vaticano, e comentou, em tom bem humorado: “Meus colegas cardeais foram buscar o novo papa lá no fim do novo mundo”.
Em sua história, Bergoglio possui fatos inusitados. De acordo com o Wikipedia, foi o segundo cardeal mais votado no conclave que elegeu Joseph Ratzinger como papa em 2005.
Jorge Mario Bergoglio recebe oração de evangelicos
Jorge Mario Bergoglio recebe oração de evangelicos
Em 2006, o jornal argentino La Nacion noticiou sobre um evento com a presença de evangélicos pentecostais e católicos carismáticos, em que o então cardeal Bergoglio participou e recebeu oração de um pastor.
O texto da notícia diz que “o momento mais emocionante foi a recepção dada ao cardeal Jorge Bergoglio, que liderou uma breve saudação e perguntou, como de costume, se poderiam orar por ele. Os pastores o levaram a sério, e o cardeal se ajoelhou e pediu a todos os presentes que orassem para que ‘uma das vozes proféticas da Nação’ tivesse abundância de sabedoria”.
Antes do evento, que reuniu sete mil católicos e evangélicos e contou com uma ministração do cantor gospel mexicano Marcos Witt, Bergoglio dizia que começava a ver uma “diversidade reconciliada” entre católicos e evangélicos.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

Regina Casé reúne Thalles Roberto, padre, judeus e adeptos de religiões afro num “culto ao deus samba” no programa Esquenta


Regina Casé reúne Thalles Roberto, padre, judeus e adeptos de religiões afro num “culto ao deus samba” no programa Esquenta
A edição de ontem, 17 de março, do programa Esquenta, da TV Globo, reuniu representantes de diversas religiões. Pelo lado evangélico, o cantor e pastor Thalles Roberto testemunhou sua conversão e cantou algumas músicas.
A apresentadora Regina Casé exaltou a presença de representantes de religiões afro, cristãos e judeus que estavam confraternizando ao som “do deus samba”.
A blogueira Rô Moreira publicou um artigo em que narra os acontecimentos do programa e critica o tom ecumênico do programa global: “Em um determinado momento Regina diz que o que estava acontecendo ali era um culto ao deus samba. Regina dá um pitaco sobre a Comissão de direitos humanos, eles [os convidados] ficaram quietos. Calinhos Brown cantou e parecia que todos estavam no mesmo espírito, pois até a estrela de Davi todos usavam, Thalles com a sua e os outros também tinham a sua pendurada ao pescoço, tudo isso ao som do deus samba”, escreveu a blogueira.
A presença de grupos de dança gospel numa disputa promovida pelo programa também não escapou ao olhar de Rô Moreira: “E pra acabar de vez, teve até disputa coreográfica para revelar o melhor grupo de dança gospel. Simples assim, e lá se foi o domingo no Esquenta Global, todos tolerando uns aos outros ao som do deus samba”.
Rô menciona ainda que a participação de Thalles Roberto no Esquenta foi aplaudia pelo pastorSilas Malafaia nas redes sociais: “E logo recebi uma noticia em meu Facebook. Querem saber qual foi? Leiam: ‘Parabéns Thalles Roberto,o evangelho tem que ser pregado onde estão os pecadores. Evangelho só dentro da igreja é cristianismo religioso’ (Palavras de Silas Malafaia). Simples assim, pelo visto o pastor aceitou a ‘mistureba de amor’ como disse a Regina Casé”.
Confira no texto abaixo a íntegra do artigo “Thalles Roberto no programa Esquenta, ao som do deus samba”, de Rô Moreira:
O programa esquenta deste Domingo dia 17 na Globo, falou sobre a importância da Tolerância  entre  as religiões, portanto levou ao seu programa, em meio a um encontro de crenças. Thalles Roberto, Carlinhos Brown, Léo Moura, padre pop Omar , Rabino David Weitman e banda Clareou. O programa fez uma homenagem às tradições africanas com a chamada capulana, um tecido simbólico típico do povo, ornamentando o estúdio. O Rabino David Weitman, chefe de uma sinagoga, explicou a festa do judaísmo e revelou a contribuição da doutrina para uma vida mais tolerante…
Thalles, que explica como deu início à trajetória evangélica depois de trabalhar como backing vocal das bandas Jota Quest e Jammil e Uma Noites. As composições de Thalles influenciaram até a vida do jogador de futebol Léo Moura. O atleta relata como as letras do amigo mudaram sua rotina. Em seguida, os integrantes do Clareou dizem como adaptam a religiosidade nas apresentações do grupo.
Em um determinado momento Regina diz que o que estava acontecendo ali era um culto ao deus samba. Regina dá um pitaco sobre a Comissão de direitos humanos, eles ficaram quietos.
Calinhos Brown cantou e parecia que todos estavam no mesmo espírito, pois até a estrela de Davi todos usavam, Thalles com a sua e os outros também tinham a sua pendurada ao pescoço, tudo isso ao som do deus samba.
E pra acabar de vez, teve até disputa coreográfica para revelar o melhor grupo de dança gospel. Simples assim, e lá se foi o domingo no Esquenta Global, todos tolerando uns aos outros ao som do deus samba. E logo recebi uma noticia em meu Facebook  querem saber qual foi? Leiam: “Parabéns Thalles Roberto,o evangelho tem que ser pregado onde estão os pecadores. Evangelho só dentro da igreja é cristianismo religioso.(Palavras de Silas Malafaia).
Simples assim, pelo visto o pastor aceitou a “mistureba de amor” como disse a Regina Casé.
Tenham todos uma boa semana, na presença do eterno.
Confira o vídeo com a participação de Thalles Roberto no programa Esquenta, de Regina Casé, neste link.

terça-feira, 12 de março de 2013

[Saiba o que é verdade e mentira] Pastor Marco Feliciano é racista, não tem apoio dos evangélicos e pediu senha do cartão de um fiel?




[Saiba o que é verdade e mentira] Pastor Marco Feliciano é racista, não tem apoio dos evangélicos e pediu senha do cartão de um fiel?
A enxurrada de acusações contra Marco Feliciano incluem denúncias de racismo, homofobia, e até intolerância. De um lado, os ativistas gays e demais manifestantes, do outro, o pastor que fez declarações polêmicas.
Pastor pentecostal renomado no meio evangélico, Feliciano exerce seu primeiro mandato como deputado federal, eleito com mais de 212 mil votos, sendo o terceiro mais bem votado no estado de São Paulo em 2010.
Em sua caminhada política, travou debates e discussões com o colega parlamentar Jean Wyllys, por suas posturas contrárias à prática homossexual, e saiu em defesa do pastor Yousef Nadarkhani, buscando intermediações com a Embaixada do Irã.
Figura controversa e de declarações muitas vezes desmedidas, o pastor tem tentado rebater as acusações feitas contra ele de forma tranquila. Boa parte das declarações atribuídas ao pastor são publicadas numa página no Facebook, que se autointitula oficial, mas que na verdade é falsa.

Dias atrás, Feliciano rebateu o princípio de que seria racista divulgando uma foto em sua verdadeira página, abraçado ao padrasto e à sua mãe, ambos negros.
“Feliciano é, pois, enteado de um negro, filho de uma negra e, segundo os critérios que orientam as leis de cotas no Brasil, também é… negro! Não obstante, querem acusá-lo de racismo por uma frase tonta escrita no Twitter”, escreveu o jornalista Reinaldo Azevedo em sua coluna no site da revista Veja.
A acusação contra o pastor foi feita por causa de uma publicação em que ele dizia que um dos descendentes de Noé, seu filho Cão, teria sido amaldiçoado e mudado para a África, citando ainda que isso era uma passagem bíblica.
A frase isolada do contexto foi o suficiente para que a mídia o acusasse de racismo. “Há um monte de branco raivoso apontando o dedo para o negro Feliciano. Já demonstrei aqui que ele apenas citava uma passagem do Gênesis — e ainda errava sobre a origem bíblica dos africanos. Na democracia, as pessoas são livres para falar e escrever tolices”, afirma Azevedo, deixando claro sua discordância a respeito da visão de Feliciano sobre a passagem bíblica, mas ressaltando seu direito à liberdade de expressão sem ser taxado de racista.
O jornalista pontua ainda que a “patrulha”, termo usado por ele para se referir aos manifestantes que acusam Feliciano de racismo, homofobia e intolerância, teve seus argumentos derrubados: “Quando afirmei que aquele seu tuíte não era expressão de racismo, eu o fiz com base apenas no seu conteúdo e na referência bíblica. Agora, diante desse fato [padrasto e mãe negra], a acusação fica ainda mais ridícula. Já tinham quebrado a cara, nesse particular, com Bolsonaro. Ele também seria um racista militante… Até que se descobriu que sua mulher é o que a própria militância chama ‘negra’”, pontua Azevedo.
Em meio à onda de acusações contra Feliciano, um vídeo com pedido de ofertas durante um culto foi usado como forma de ridicularizar o pastor. Na ocasião, um fiel havia colocado seu cartão de débito no meio das ofertas e Marco Feliciano pediu a senha, dizendo que sem ela não adiantaria.
No meio cristão, diversas pessoas ponderaram que embora não concordassem com a prática, aquilo não era motivo de desqualificar Feliciano enquanto deputado. Um dos que argumentaram nesse sentido foi o pastor Rubens Teixeira, que criticou o “tom pejorativo e jocoso” usado pela mídia.
“Como não sou da igreja dele, não tenho nada a ver com o método que ele se utiliza para pedir ofertas. As pessoas têm o direito de fazer o que quiserem com os seus patrimônios, inclusive as daquela igreja. Se o pastor Marco Feliciano e seus membros tivessem vergonha ou achassem que estavam fazendo algo errado ao pedirem e doarem ofertas, eles não o fariam sendo filmados”, ponderou.
Em seu site, o próprio Marco Feliciano posicionou-se sobre o caso através de sua assessoria, e “declarou que apenas estava brincando ao anunciar o nome do irmão Samuel Souza no microfone a fim de devolver o cartão que chegou dentro da salva de ofertas recolhidas na manhã daquele domingo, e poderia ter chegado ali por engano, já que as salvas recolhem somente ofertas em dinheiro”.
A nota continua com um depoimento do proprietário do cartão: “Na ocasião eu não tinha nenhum recurso para ofertar, mas meu desejo era muito grande de colaborar devido à necessidade de nossos missionários e crianças [...] Senti vontade de ofertar novamente, porem sem mais recursos disponíveis resolvi fazer um ato profético de consagrar simbolicamente a minha conta corrente, coloquei meu cartão nas salvas de oferta e com fé acreditei que isso abençoaria minhas finanças [...]Na época eu nem esperava em casar, nem pretendente tinha (risos), ganhava muito pouco como eletricista. Em um ano minha vida deu uma reviravolta, conheci uma pessoa maravilhosa, nos casamos, tenho uma linda casa toda mobiliada, não pago aluguel e consegui emprego como inspetor de manutenção elétrica”, disse Samuel Souza.
Em meio ao auge da divulgação das acusações, a Rede Fale divulgou um documento manifestando sua opinião contrária a Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM). Em resposta, o pastor Silas Malafaia publicou em seu site uma crítica à postura adotada pelo movimento: “Fico de boca aberta de ver pastores a serviço da ideologia da esquerda que nos odeia, e que defendem todos os temas contrários aos princípios da Palavra de Deus. Com todo respeito, não sei se é inocência ou oportunismo”, disse o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Malafaia menciona ainda em seu texto, um dado político da questão: “Durante 16 anos o Partido dos Trabalhadores (PT) presidiu a CDHM. Nesse período, esta comissão foi usada tremendamente para apoiar a causa do ativismo gay. Por motivos inconfessáveis eles não a quiseram mais, e, na partilha política, a comissão ficou com o Partido Social Cristão”.
Silas Malafaia se arriscou ainda a brincar com o visual do pastor Marco Feliciano ao comentar as declarações que serviram de combustível para os protestos: “O Pr. Feliciano fez duas declarações infelizes, mas ele não pode ser julgado como homofóbico ou racista. Primeiro porque nunca bateu ou mandou matar gay, e segundo que ele é de origem negra (mesmo tendo cabelo esticado hahaha), e seu padrasto é negro”, comentou.
Sobre as declarações da apresentadora Xuxa, que o chamou de “monstro”, o pastor Marco Feliciano afirmou através de sua assessoria que irá processá-la: “Já estou com um dossiê pra entregar a polícia federal com dezenas de páginas impressas com ameaças de morte. Me ajudem em oração! E sobre o que disse Xuxa, minha assessoria jurídica prepara o processo. Durmam em paz”.
Pelo lado espiritual, vídeos com profecias sobre problemas que Feliciano enfrentaria em sua caminhada começaram a ser repercutidos nas redes sociais. No primeiro deles, o pastor Luiz Antônio afirma que seu ministério sofreria ataques, e no segundo, afirma que Deus conhece o coração de Feliciano e que sabe o que ele tem passado. Confira:
Em reunião na tarde desta terça-feira, 12 de março, a bancada do PSC na Câmara anunciou que não vai retirar a indicação do Pastor Marco Feliciano à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. O partido reafirmou o apoio ao deputado.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

segunda-feira, 11 de março de 2013

Direitista e esquerdista





Direitista e esquerdista – os dois são perfeitos idiotas. O direitista padece da doença senil do capitalismo e o esquerdista, como afirmou Lênin, da doença infantil do comunismo

Frei Betto



Nada mais parecido a um esquerdista fanático, desses que descobrem a nefasta presença do pensamento neoliberal até em mulheres que o repudiam, do que um direitista visceral, que identifica presença comunista inclusive em Chapeuzinho Vermelho.

Os dois padecem da síndrome de pânico conspiratório. O direitista, aquinhoado por uma conjuntura que lhe é favorável, envaidece-se com a claque endinheirada que o adula como um dono a seu cão farejador. O esquerdista, cercado de adversários por todos os lados, julga que a história resulta de sua vontade.

O direitista jamais defende os pobres e, se eventualmente o faz, é para que não percebam quão insensível ele é. Mas nem pensar em vê-lo amigo de desempregados, agricultores sem terra ou crianças de rua. Ele olha os deserdados pelo binóculo de seu preconceito, enquanto o esquerdista prefere evitar o contato com o pobre e mergulhar na retórica contida nos livros de análises sociais.

O esquerdista enche a boca de categorias teóricas e prefere o aconchego de sua biblioteca a misturar-se com esse pobretariado que nunca chegará a ser vanguarda da história.

O direitista adora desfilar suas ideias nos salões, brindado a vinho da melhor safra e cercado por gente fina que enxerga a sua auréola de gênio. O esquerdista coopta adeptos, pois não suporta viver sem que um punhado de incautos o encarem como líder.

O direitista escreve, de preferência, para atacar aqueles que não reconhecem que ele e a verdade são duas entidades numa só natureza.

O esquerdista não se preocupa apenas em combater o sistema, também se desgasta em tentar minar políticos e empresários que, a seu ver, são a encarnação do mal.

O direitista posa de intelectual, empina o nariz ao ornar seus discursos com citações, como a buscar na autoridade alheia a muleta às suas secretas inseguranças. O esquerdista crê na palavra imutável dos mentores do marxismo e não admite outra hermenêutica que não a dele.

O direitista considera que, apesar da miséria circundante, o sistema tem melhorado. O esquerdista vê no progresso avanço imperialista e não admite que seu vizinho possa sorrir enquanto uma criança chora de fome na África.

O direitista é de uma subserviência abjeta diante dos áulicos do sistema, políticos poderosos e empresários de vulto, como se em sua cabeça residisse a teoria que sustenta todo o edifício de empreendimentos práticos que asseguram a supremacia do capital sobre a felicidade geral.

O esquerdista não suporta autoridade, exceto a própria, e quando abre a boca plagia a si mesmo, já que suas minguadas ideias o obrigam a ser repetitivo. O direitista é emotivo, prepotente, envaidecido. O esquerdista é frio, calculista e soberbo.

O direitista irrita-se aos berros se encontra no armário a gola da camisa mal passada. Dedicado às grandes causas, as pequenas coisas são o seu tendão de Aquiles.

O direitista detesta falar em direitos humanos, e é condescendente com a tortura. O esquerdista admite que, uma vez no poder, os torturados de hoje serão os torturadores de amanhã.

O direitista esbraveja por ver tantos esquerdistas sobreviverem a tudo que se fez para exterminá-los: ditaduras militares, fascismo, nazismo, queda do Muro de Berlim, dificuldade de acesso à mídia etc. O esquerdista considera o direitista um candidato ao fuzilamento.

Direitista e esquerdista – os dois são perfeitos idiotas. O direitista padece da doença senil do capitalismo e o esquerdista, como afirmou Lênin, da doença infantil do comunismo.

Embora mineiro, não fico em cima do muro. Sou de esquerda, mas não esquerdista. Quero todos com acesso a pão, paz e prazer, sem que os direitistas queiram reservar tais direitos a uma minoria, e sem que os esquerdistas queiram impedir os direitistas de acesso a todos os direitos – inclusive o de expressar suas delirantes fobias.



Frei Betto é escritor, autor do romance “Minas do Ouro” (Rocco), entre outros livros.
Publicado em Brasil de Fato

sexta-feira, 1 de março de 2013

Presbítero morre em plena hora do culto, enquanto um louvor era entoado




O vídeo a seguir mostra a morte ao vivo, , no púlpito, de um presbítero de 87 anos de idade, da Igreja Assembleia de Deus, na cidade de Botucatu, São Paulo. O vídeo tem cerca de 10 minutos de duração. O fato se dá a partir do 3.09 min. No momento da partida do presbítero para a eternidade, uma cantora que estava cantando no púlpito proferia a seguinte frase no louvor: “Chegou a sua hora…”.
Abaixo está a explicação do ocorrido, pelo Pastor Rúben Oliveira Lima, dirigente da igreja. (Maiores informações no site da igreja: http://www.umavidacomdeus.com/)

” Prezados irmãos e amigos, a paz do Senhor esteja com todos vós!
Realmente o vídeo no YouTube, não é possível acompanhar todo o ocorrido. Porém, aguardem que estamos dividindo o vídeo em partes para colocá-lo no ar.
Este irmão era presbítero (um cargo eclesiástico na igreja) um senhor com 87 anos de idade, que iria completar no dia 26/12, 88 anos. Um homem crente, temente e fiel a Deus. Seu desejo (e ele falava a todos) era partir para a eternidade dentro da igreja, e Deus lhe privilegiou. Permitindo sua partida, logo após ter pregado a palavra de Deus.
Iniciamos o culto com a liturgia de sempre, e no momento das pregações, por ser um senhor idoso, e muito respeitado por todos, pedimos que nos trouxesse a pregação da noite, o que fez, como sempre, com brilhantismo… Inclusive, pregou no texto de João 11, sobre a ressurreição de Lázaro, dando ênfase nos vs. 25, 26, 43 e 44. O interessante, é que o irmão Anísio, possuía duas bíblias, a que trouxe para a Igreja no dia do seu falecimento, e diga-se, estava toda marcada com esferográfica vermelha, que ficou dentro da bíblia, e outra bíblia, que estudava em casa. Ao visitar sua esposa (não evangélica) esta mostrou-me a bíblia de estudos com as mesmas anotações, com um detalhe interessante, no versículo 44, quando termina o mesmo, o irmão Anísio faz um traço em vermelho, e escreve: Fim. (O que nos faz acreditar, que até ali, lhe fora permitido por Deus, falar, e nada mais…) Foi exatamente o que fez…
Após concluir sua prédica, (em todas as vezes que o irmão Anísio pregava, concluía suas palavras dizendo o seguinte: “Os irmãos continuem orando em meu favor para que eu tenha vida e saúde para continuar falando do grande amor de Deus”). Nesse dia, excepcionalmente, não disse o mesmo, mas disse: “Muito obrigado pela vossa atenção” e encerrou.

Assentou-se em seu lugar de sempre, e falou comigo assim: “Pastor me perdoe se tomei muito tempo”, ao que lhe respondi: “Nem me peça perdão, o irmão não pecou, somente pregou a palavra de Deus, fique em paz”. E enquanto se ouvia um cântico, inclinou a cabeça, e ao levantá-la, partiu para a eternidade sem esboçar sequer um gemido, um ai, ou qualquer outra reação, simplesmente partiu… (espiritualmente, atente para o cântico, e ouça que a cantora canta “e chegou a tua hora” nesse momento o irmão parte…).
Ao detectarmos sua partida, verifiquei pulsação, batimentos cardíacos, embora não seja médico, mas pastor; e imediatamente, meu filho que é presbítero na Igreja, ligou para pedir auxilio do Corpo de Bombeiro (resgate) que se demoraram cerca de uns 10 minutos. Enquanto não chegavam, o deitamos nas cadeiras do púlpito, e senti desejo de adorar a Deus cantando, pois, cantamos quando nasce uma criança, mas também quando o Senhor recolhe ao descanso um servo Seu. Aguardamos a chegada dos bombeiros, que ao chegar ao templo verificaram que realmente o irmão Anísio já havia falecido, porém, comunicaram-nos, que iria levá-lo ao pronto socorro da UNESP em Botucatu, para a constatação da causa morte, o que fizeram. E não permiti que fosse filmado o corpo do nosso querido irmão deitado sobre as cadeiras e nem a retirada do mesmo pelo corredor central da Igreja, pois, estávamos ao vivo para o mundo todo pela nossa WebTV “Uma Vida com Deus”. Porém, respeitosamente, em silêncio total, pedimos que toda igreja se levantasse e num gesto humanitário e cristão, e aguardássemos a retirada do corpo de nosso irmão do templo. Como não tínhamos mais condições de continuar com o culto, finalizamos o mesmo, e mantivemos o Templo aberto para o velório, pois, era desejo do irmão Anísio ser velado na Igreja. Tão logo fosse liberado seu corpo.
Segundo relatos de pessoas, e enfermeiros no hospital, disseram que, quando o corpo do irmão era retirado do veículo de resgate e era conduzido ao PS, era como que uma luz estivesse adentrando de corredor adentro do hospital… E perguntaram o que era aquilo?. E foi dito, que ele era um crente em Jesus, disseram: “só podia ser…”
Outros fatores marcaram esse episódio. No quarteirão da residência do irmão Anísio, ele era o único crente, e não se sabe até a presente data, a causa de uma queda de energia, ficando somente o quarteirão no escuro, e exatamente na hora da partida do irmão. Ou seja, Deus estava mostrando para a esposa do irmão Anísio, e para todos os seus vizinhos que uma luz se apagara naquele quarteirão…
Não nos omitimos em socorro, apenas glorificamos a Deus, por ser SUPREMO e ABSOLUTO e faz o que melhor lhe apraz… Oxalá que minha partida para a Glória assim fosse!
A Igreja, os pastores e boa parte da família do nosso querido e já saudoso irmão Anísio estiveram presente, inclusive, seu filho que é Pastor em S. Paulo no setor de Tucuruvi e neto do irmão Anísio, que também é Pastor junto com o pai em S.Paulo estiveram presentes. E ainda, um padre muito amigo do irmão Anísio se fez presente na hora do culto fúnebre.
Temos o culto gravado sem edições e cortes, para, se necessário, em juízo, ser apresentado.
Deus continue abençoando em Cristo Jesus a todos, que deste vídeo tomar conhecimento
Pastor Rúben Oliveira Lima – Igreja Assembléia de Deus em Botucatu – São Paulo “
Holofote / Padom

O bem sucedido teólogo recolhe-se à solidão - Um papa mais evangélico, mais católico e menos romano



  
A renúncia do papa Bento XVI causou surpresa no mundo católico e no ocidente. O curto e transitório papado acaba antes de terminar. As análises surgem de dentro e de fora do campo católico romano, com críticas ora amenas ora duras, ora piedosas ora mordazes, mas que revelam a necessidade de lucidez diante de um significativo momento histórico.
 
Particularmente recebi a notícia com espírito de novidade e de curiosidade diante do cenário que se mostra a partir de hoje, data da sua saída do Vaticano, e o enclave que escolherá o novo papa. Tal como Heródoto que escreveu a história a partir do que viu – um exercício de história do tempo presente –, assim também acionamos a reflexão atenta aos acontecimentos que ainda se darão diante dos nossos olhares de testemunhas.
 
Do ponto de vista histórico, trata-se de uma atitude rara e poucas vezes praticada na sucessão papal. Uma história marcada por personagens que ocuparam a cadeira de Pedro, que foram desde piedosos missionários a grandes articulistas políticos concubinados, de caráter e de postura suspeitos. A cristandade já até teve três papas ao mesmo tempo em disputas intestinas de expurgos e excomunhões recíprocas. Alguns nutriram sentimentos anti-semitas de apoio ao nazi-facismo, como Pio XII. No tempo de Lutero, o perfil decadente daquele papado foi um dos agentes propulsores da Reforma.
 
Em relação a Bento XVI, diagnostica-se um papado que entrega o cajado sob a sombra de um fracasso em termos de avanços concretos da Igreja. Os conflitos com os islâmicos reacendendo sentimentos cruzados de reconquista de território e o não diálogo frutífero com outras correntes cristãs históricas legaram um lugar de isolamento e um discurso para dentro dos próprios muros e fronteiras.
 
A perda de fiéis para as igrejas evangélicas se acentuou em regiões outrora hegemônicas e soberanas do catolicismo, como a América Latina e o Brasil. A renúncia do papa pode representar o enfraquecimento de sua interessante estratégia de mobilizar a juventude em torno de uma agenda religiosa e moral, reavivando a mística católica nas novas gerações.
 
Do ponto de vista teológico, representa o fim do ciclo do enrijecimento e do entrincheiramento do pensamento diante das agendas da modernidade. O “freio de mão puxado”, desde João Paulo II, ante a agenda do progressista Concílio Vaticano II, esgota a sua força de convencimento, bem como das estratégias de controle da ortodoxia. Não se pense com isto que haverá uma abertura irrestrita da Igreja para assimilar tal agenda e responder às cobranças da mídia por satisfações quanto aos escândalos encobertos.
 
Do ponto de vista político, a renúncia estabelece um risco programado e planejado de se colocar um nome substituto que preserve a Igreja no prumo de seu conservadorismo moral e teológico, arrefecendo as tensões internas dos grupos mais radicais que tiveram em Bento XVI um aliado.
 
As acusações e pressões sobre os casos acobertados de pedofilia de sacerdotes, a incapacidade de diálogo com questões polêmicas como o homossexualismo, o aborto e o uso de contraceptivos, a imutável posição quanto ao celibato e aos padres casados, sem falar na ordenação feminina, legaram ao papado um conjunto de desgastes que minaram o poder de negociação e de suportar os conflitos.
 
E, nestas horas, a pessoa e a instituição entram em um drama particular e formal ao mesmo tempo, sendo a renúncia a decisão razoável a ser tomada, fortalecida pela saúde abalada. O bem sucedido teólogo recolhe-se à solidão, a fim de garantir à barca da Igreja a continuidade do seu rumo trocando-se o timoneiro, mas preservando-se o leme e as velas. Destaca-se o pedido de desculpas pela sua imperfeição no pronunciamento oficial da renúncia, trazendo à tona uma confissão do humano em contraponto com a imaginária infalibilidade da instituição papal.
 
Do ponto de vista eclesiástico, abre-se uma janela de maior espaço para os rostos católicos da Igreja latino-americana, africana e asiática. Embora a maioria do colégio dos cardeais seja de europeus, e os que não são rezam na cartilha da formatação romana, nutre-se a expectativa de que esta hegemonia enfraqueça-se na sua própria predominância, e a representatividade destes continentes se faça mais marcante.
 
Entretanto, por descaminhos, mais do que por caminhos, o processo de aggiornamento da Igreja Católica acontece fora do controle formal da hierarquia romana centralizada, seja pelos contornos culturais cada vez mais regionais e locais das vivências e das liturgias, seja pela força cada vez maior dos segmentos carismáticos, configurando uma força política, eclesiástica e financeira. A resistência quase milenar da Igreja romana diante das mudanças da modernidade parece perder fôlego, embora consiga reproduzir-se.
 
Do ponto de vista evangélico, perde-se um aliado para os discursos mais conservadores e fundamentalistas. Para esta mentalidade predominante evangélica – com riscos nesta generalização – não mais se encontrarão alguns pressupostos morais e religiosos convergentes à postura de retração e condenação dos erros do modernismo secularizado. A veemente cruzada contra os comportamentos desviantes no campo da sexualidade, da moral e da família já não mais verá um aliado “do outro lado oposto”, se não concorrente.
 
Por sua vez, levando-se em conta que nem todos os evangélicos rezam neste rosário reacionário, se vislumbra um lampejo de esperança para um papado mais progressista e aberto ao diálogo. Quem sabe o novo papa recupere o espírito de um João XXIII, e não o de um Pio XII! Um papa mais evangélico, mais católico e menos romano, que reabra com vigor e coragem os diálogos ecumênicos, por um lado, e inter-religioso por outro.
 
Um papado que seja regido pelos valores do Reino e não pelos interesses de poder da instituição religiosa, pois o que é bom para a instituição nem sempre o será para o Reino. E o contrário também! A instituição torna-se um agente avassalador sobre o humano em suas limitações e fraquezas e, quem sabe, esta foi a denúncia profética da renúncia de Bento XVI, sinalizando para esta igreja o caminho mais humano de ser igreja.
 
E que nós evangélicos atinemos para isto.