segunda-feira, 20 de julho de 2015

CANTOR LEONARDO GONÇALVES ENVIA RECADO A THALLES ROBERTO

















O cantor Leonardo Gonçalves (que não é o editor desse blog, deixemos claro, rs) mandou um recado ao cantor Thalles Roberto em seu facebook. De maneira cristã e sem apelos baixos e desnecessários, Leonardo mostra seu desacordo com o ídolo gospel e o exorta em seu descaminho:

"qdo alguém demonstra achar q tds q discordam dele apenas o fazem por inveja, então não há mais muito o q fazer. só orar, msm. e tenho orado bastante por vc, Thalles Roberto. 
mas entenda q o problema nunca foi vc me diminuir ou diminuir meus colegas de ministério. sua opinião a nosso respeito não faz a menor diferença, nem para nós, nem para nosso público (e talvez pra ngm, msm).  o q assustou e assusta é a imagem q vc tem de si mesmo. talvez vc não saiba disto (pq chegou faz pouco tempo), mas nunca antes na história da música cristã no brasil alguém se arvorou a tanto. e é por isso q, já há algum tempo, vc está em minhas orações.


não quero e nem nunca quis sua fama e seu dinheiro. estou feliz com o q o Senhor me deu. e o q ELE me deu não é pouco! com certeza muito mais do q eu mereço. tanto pela pessoa falha q sou como pelo talento q –diga-se de passagem– ELE me deu. 
não sou ngm pra questionar sua sinceridade, mas acho estranhas tb as conversas q vc diz ter com ELE e as coisas q vc diz q ELE fala, nestes diálogos. algumas delas não me parecem muito com as coisas q ELE diz em SUA PALAVRA. oro tb pra q vc encontre alguém q lhe ajude a ler e compreender melhor SUA PALAVRA. como já disse, vc chegou faz pouco tempo e um ou outro equívoco é natural, neste processo de caminhar com ELE. 
mas se ELE está chamando vc pra cantar outras coisas pra outras pessoas, faça isto! eu e muitos outros cantores cristãos estaremos orando por vc. se não der certo e vc quiser voltar, também estaremos aqui, pra receber vc de braços abertos, mais uma vez, se necessário for. pq assim é o Evangelho.
ps.: apenas para sua informação: vc não é o número 1 do meio gospel. se é q isso existe (e com certeza não importa) esse lugar é de Aline Barros"

Esperemos que este texo chegue ao conhecimento do Thalles e se assim for, então que Deus o use para despertar a consciência endurecida deste cantor.

***
Púlpito Cristão

sábado, 18 de julho de 2015

Regis Danese e Ludmila Ferber farão shows em Capelinha e Turmalina




Cantor Regis Danese

Grandes eventos envolvendo a comunidade evangélica marcarão a região nesse segundo semestre  .
No dia 3 de setembro a cantora Ludmila Ferber fará a abertura do Festur em Turmalina . 
Em Outubro o cantor Regis Danese será a atração do dia do evangélico na cidade de Capelinha.

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Ludmila Ferber

THALLES ROBERTO AFIRMA: 'ESTOU ACIMA DA MÉDIA PORQUE ESTOU ENTRE FRACOS' E PARTE PARA O MEIO SECULAR




Na Conferência Global 2015 realizada pela Comunidade das Nações, em Brasília, no começo desta semana o cantorThalles Roberto se envolveu em mais uma polêmica. Deu declarações durante uma apresentação. de um "novo chamado"

Neste novo chamado de Deus, ele deixaria de se apresentar em igrejas e fazer mais eventos seculares. As declarações gerou muita revolta entre os evangélicos que estavam no evento e as críticas feitas na página da igreja foram tantas que a denominação retirou a foto do artista de seu mural no Facebook.



Thalles ainda afirma ser o melhor artista do gospel por estar entre pessoas fracas.“Você está acima da média porque você está no meio de gente fraca”, disse o cantor como se fosse Deus quem estivesse dizendo para ele. “Quero ver você estar acima da média lá fora”, teria dito o Senhor dando nomes de cantores como Ben Harper e Usher.

Cantores evangélicos comentaram o fato. Vanilda Bordieri postou em sua pagina do facebook: "Uns entram no templo para ver o fim do ímpio. Outros saem do templo para ver seu próprio fim", numa alusão ao salmo 73.  Luis Arcanjo, Leonardo Gonçalves e Marcus Talles postaram fotos provocativas em suas redespectivas redes sociais.


No video Thalles diz cantar no meio gospel “era bater em bêbado”, que “música gospel é tudo igual” e que “qualquer um escreve e faz”. Thalles contou uma história de que um pastor teria comparado a música com a Palavra dizendo que você consegue se lembrar muito mais das canções que ouve do que as pregações.

“Se eu não puder ser tudo o que Deus mandou eu ser que propósito é esse?”, disse. Ele afirmou que Deus disse que ele já fez no meio gospel tudo o que ele tinha para fazer e que só ele, Thalles, faz [música] do jeito que ele faz. 

Por causa do "chamado", o cantor se prepara para lançar um CD que não tem os evangélicos como público alvo.
Na Comunidade das Nações no facebook, os fiéis diziam que estavam envergonhados por ouvir tanta bobagem. Alguns disseram que se sentiram humilhados como cristãos e principalmente como igreja, mas foram retirados.

Assista:



quinta-feira, 16 de julho de 2015

ONDE ESTÁ DEUS?


Eis uma pergunta universal, e atemporal! “Ninguém jamais viu a Deus”, disse o apóstolo João, sugerindo que Deus não é obvio. Com Deus, ensina o apóstolo Paulo afirma que “andamos por fé, não por vista”. O profeta Isaías chega a dizer que Deus é absconditus, isto é, um Deus velado, que se esconde, que não se mostra tão facilmente, somente percebido para aqueles que recebem revelação.
Os homens mais íntimos de Deus conviveram com angustias profundas, e sensações da ausência de Deus: “Como o servo clama pela corrente das águas, assim suspira a minha por ti ó Deus”, suspiravam os poetas bíblicos. “Até quando Senhor? Até quando o Senhor vai manter a sua face escondida, até quando eu vou clamar e o Senhor não vai responder?”, gritavam quase em desespero.
O povo de Israel precisa responder às nações vizinhas que pergutam “Onde está o seu Deus?” E mesmo Jesus, em seu momento de maior agonia, é confrontado com a sensação de ter sido abandonado e esquecido na mais profunda solidão: “Deus meu, Deus, por que me desamparaste?”. A pergunta “Onde está Deus?” é, portanto, uma das mais relevantes que podemos fazer hoje.
O teólogo anglicano John Robinson identifica as respostas mais usuais à questão da presença de Deus no mundo. A primeira resposta que encontramos na Bíblia, diz Robinson, é que “Deus está lá em cima”. O salmista diz que “o nosso Deus está nos céus; ele faz tudo o que lhe apraz”. Jesus nos ensinou a orar ao “Pai nosso que está nos céus”, palavras que sugerem que Deus está lá em cima. A cosmogonia medieval nos ensinou que o céu está lá em cima, a terra aqui no meio, e o inferno lá em baixo!
A noção de que Deus habita lá em cima, resulta numa percepção hierarquizada: o general dos exércitos e seus soldados, o rei e seus súditos, o senhor e seus escravos, o que não deixa de ser verdadeiro. É verdade que Deus está lá em cima! Mas essa não é toda a verdade! Deus está também aqui, disse o profeta Isaías, pois habita o “alto e sublime”, mas também está presente ao lado “dos humildes e quebrantados de coração”. Deus mergulhou para dentro da sua criação quando se fez carne e habitou entre nós. Jesus de Nazaré é chamado Emanuel – Deus conosco! O distante, é também presente.
Falamos hoje de um universo em expansão e em diversas dimensões. Euclides acreditava em três dimensões, enquanto Einstein, a partir de sua teoria da relatividade propôs quatro dimensões. Os cientistas atuais discutem a Teoria das Supercordas e acreditam que são necessárias entre 11 e 26 dimensões para explicar a tessitura do universo: além das quatro conhecidas, algumas outras estariam enroladas e escondidas. Robinson sugere que quando a ideia de “acima, no meio e abaixo” ficou ultrapassada, pareceu melhor dizer que “Deus está lá fora”, isto é, fora do Universo, e não pode ser confundido com ele ou suas realidades espaço–temporais.
Para explicar que Deus não é uma substância material dentro do seu universo – pois “Deus é Espírito”, os teólogos criaram essa idéia de que Deus é transcendente, isto é, Deus é de outra natureza, de outra ordem. Nas palavras de Karl Barth, “Deus é totalmente outro”, absolutamente distinto de toda a realidade criada, e portanto está fora do universo. Isso também é verdadeiro. Mas essa não é toda a verdade, pois a tradição cristã também crê que Deus veio não apenas habitar entre em nós e ao nosso lado, mas também em nós, na pessoa de seu Espírito Santo. Essa constatação levou alguns teólogos, comenta Robinson, a resgatar outra verdade igualmente bíblica: Deus está nas profundezas do ser. Santo Agostinho, em suas Confissões, exclama: “Deus me é mais íntimo que meu íntimo, mais íntimo que eu a mim mesmo”. O mistério que esteve oculto durante os séculos foi revelado, conforme Paulo, apóstolo, e nos trouxe a mais gloriosa esperança: “Cristo em nós”. O transcendente, é também imanente.
Uma vez que “ninguém jamais viu a Deus’, que por sinal é identificado pelo apóstolo Paulo como aquele que “habita em luz inacessível”, buscamos diferentes maneiras de responder a pergunta “Onde está Deus?”. Lá em cima, lá fora, e nas profundezas do ser, são algumas delas. Mas quero sugerir uma quarta possibilidade: Deus está nas relações de amor, porque “Deus é amor”, e portanto, necessariamente um Deus em relação – relacionamento.
Hugo Assmann e Jung Mo Sung desenvolveram o conceito de endomística: “a noção de que Deus e o seu amor se fazem presentes no meio de nós na medida em que amamos e servimos aos pobres e excluídos”. Afirmam que “a presença do amor de Deus em nós acontece no amor solidário ao próximo. Não há uma relação de causalidade entre o que vem primeiro e o que vem depois. Nas palavras de Assmann, “Deus solidário é o Deus em todos e de todos”. A presença de Deus se faz presente em nós quando nos abrimos ao próximo no amor solidário. Somos capazes da comunhão solidária porque o amor de Deus opera em nós. A experiência de Deus é um “acontecimento” onde os “dois amores” ocorrem simultaneamente. O amor solidário com o próximo e o amor de Deus se fazem presentes ao mesmo tempo.
O Deus cristão não vive na solidão: é Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. A comunhão perfeita e eterna de três pessoas em amor. Quanto mais longe estamos uns dos outros, mais distantes de Deus – ou, mais distantes da experiência de Deus! “Ninguém jamais viu a Deus”, disse o apóstolo João. Mas concluiu dizendo que “se amamos uns aos outros, Deus permanece em nós e seu amor está aperfeiçoado em nós”. Deus está também e principalmente no breve instante em que conseguimos sair de cena, matar o ego, e abrir espaço existencial para a Trindade Santa ser em nós e principalmente através de nós. Leonardo Boff observou que Deus não é apenas transcendente e imanente, é também transparente: Deus “sobre todos, em todos, e por meio de todos”.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

SERÁ ETERNO O INFERNO?

Não concordo com tudo, mas é um 
ótimo artigo pra analisar .
Adilson  Ferreira

SERÁ ETERNO O INFERNO?
Carlos Moreira
Sobretudo no ocidente, a ideia de inferno povoa a mente da grande maioria das pessoas. Talvez esta seja, inclusive, uma das grandes inquietações do ser humano em todos os tempos: qual será o seu destino após a morte?
Céu e inferno são conceitos que estão intrinsecamente associados à religião. A Bíblia está repleta de citações onde ambos aparecem, o primeiro como sendo o destino dos bons e justos, o segundo como lugar de castigo eterno para os maus.
No que diz respeito ao cristianismo, foi na Idade Média em que as ideias sobre o inferno mais se popularizaram. Ao observarmos as pinturas daquele período, constatamos produções realmente bizarras, com o Diabo e seus anjos cozinhando pessoas em caldeirões de óleo fervente, por exemplo. Imagens como esta são símbolos que servem para criar conceitos e propagar valores. Sem dúvida, esse era o objetivo já naquela época.
Mas o que realmente é o inferno? Um lugar? Um sentir? Perguntas como essas só podem ser respondidas do ponto de vista da teologia ou da filosofia, pois ninguém jamais foi até ele ou de lá voltou para nos dar qualquer depoimento.
Por outro lado, há quem afirme que as Escrituras são muito claras com relação ao inferno. Ora, isso depende de quem as interpreta. Os textos que falam sobre inferno usam uma linguagem recheada de metáforas, alegorias e arquetipias — presentes na apocalíptica judaica e, por conseguinte, na escatologia cristã.
O conceito de inferno, como nós o entendemos hoje, foi sendo desenvolvido nas Escrituras. No Velho Testamento, ele simplesmente inexiste. Já no Novo, o que encontramos é uma construção cultural-religiosa que é consequência da história do povo Hebreu pós-cativeiro babilônico.
No que diz respeito ao Velho Testamento, o pensamento sobre o pós-morte e o inferno pode ser compreendido na leitura de Eclesiastes capítulo 9. Lá está dito: “Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos nada sabem; para eles não haverá mais recompensa, e já não se tem lembrança deles”, (v.5). Em seguida encontramos: “O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força, pois na sepultura, para onde você vai, não há atividade nem planejamento, não há conhecimento nem sabedoria”, (v.10).
O que vemos nesse texto é algo que denota uma espécie de apagão. Para os hebreus antigos, quando a vida terrena findava, se alguém morresse sem a consciência de Deus e de sua Graça, restava apenas ser semeado na terra. Em sombra e silêncio, a alma deveria aguardar o juízo final. Tais indivíduos passavam então a habitar o Sheol, termo hebraico que significa túmulo. Portanto, neste período, não existia a ideia de inferno.
Para entendermos como esta concepção mudou, precisamos voltar à época da destruição de Jerusalém pelo rei Nabucodonosor e o inevitável exílio ao qual o povo hebreu foi submetido. Naqueles 70 anos de escravidão, os israelitas tiveram contato com os persas e depois com outros povos. Eles já traziam em suas religiões as crenças a respeito de anjos, céu e inferno. Isso pode ser constatado tanto no zoroastrismo como no confucionismo.
A partir de então, rabinos judeus “simbiotizaram” esses saberes universais sobre o mundo invisível com as doutrinas vétero-testamentárias, o que culminou numa nova consciência: a imaterialidade escatológica. Ela pode, inclusive, ser percebida na literatura apócrifa do período intertestamentário.
Por isso, quando começamos a ler o Novo Testamento, logo percebemos a mudança, pois nos deparamos repetidas vezes com o nome grego “hades”, o qual, na cultura helênica, predominante naquele mundo, representava o deus das camadas inferiores e dos mortos.
Na verdade, aquele “novo pensamento” era, em síntese, o resultado de séculos de tradição rabínica inculcada na mente e no coração do povo. Essa foi à fenomenologia que produziu as representações que passaram a conceituar o pós-morte e o inferno.
Curiosamente, todavia, é “lendo” Jesus que melhor compreendemos o que é o inferno. O Galileu nos revela com clareza que há, pelo menos, dois tipos dele: um existencial e o outro escatológico.
O inferno existencial trata de uma ambiência onde a alma humana, não raras vezes, sucumbe. Podemos encontrá-lo em duas alegorias expostas no Evangelho de Mateus. A primeira está no capítulo 5 e fala daquele que mata o seu irmão com a língua, que reduz o outro ao desprezo absoluto e o segrega ao estado do não-ser.
A segunda está em Mateus 18 e trata do “credor incompassivo” que, mesmo após ter sua dívida impagável perdoada, age com inclemência contra aquele que lhe devia uns trocados. Em ambos os textos está dito que o indivíduo culpado será remetido à “prisão” e “dali não sairá até que pague o último centavo”.
Portanto, este é um tipo de inferno de onde se pode “entrar” e “sair”. Eu já estive neste “lugar” algumas vezes, em agonia de alma, solidão, sofrendo dores lancinantes em meu ser. Sim, este sentir pode também ser percebido na fala do salmista quando afirma: “laços de morte me cercaram e angústias do inferno, se apoderaram de mim; caí em tribulação e tristeza...”. Sl. 116.
Esse tipo de inferno existencial nós provamos em vida. Ele não é habitado, ao contrário, instala-se no coração de todo aquele que se deixa persuadir pelo mal. Sentimentos e ações que manifestam ódio, medo, julgamento, egoísmo ou inveja, dentre tantos outros, acabam enraizados no ser e, por conseguinte, transformam nossos “ambientes interiores” em masmorras escuras e frias.
O segundo tipo de inferno, o escatológico, nos revela que aqueles que se negarem a aceitar a Graça de Deus ficarão numa espécie de lapso de memória/tempo. Jesus se refere a ele afirmando que se trata de um “lugar” onde “o verme não morre e o fogo não se apaga”.
Essa expressão, na verdade, é uma alegoria que aponta para o vale de Hinom. Este local, nos arredores de Jerusalém, ficou conhecido como um lugar de morte e perversidade. Foi lá que o rei Manassés sacrificou seus filhos a moloque, um deus pagão. A prática passou então a ser feita pelos filhos de Israel, o que veio a se constituir abominação ao Senhor.
Nos dias de Jesus, o vale de Hinom chamava-se Geena e havia se transformado no lixão de Jerusalém, onde o fogo não se apagava, em decorrência dos incêndios que visavam incinerar os dejetos ali colocados. Era também um lugar fétido e pútrido, pois havia degeneração de restos alimentares e humanos, o que favorecia a ambiência para a proliferação de vermes.
Quando Jesus falou de inferno, usando o nome Geena, todos os que pertenciam àquela cultura imediatamente fizeram a associação ao local e compreenderam que se tratava de uma comparação.
Todavia, ao longo dos tempos, a interpretação da igreja acabou tornando literal o que era apenas alegórico, transformando assim o inferno num lugar de fogo e enxofre, de demônios e vermes, sofrimento e miséria. Em Jesus, está mais do que claro que o inferno não é localizável, pois não se enquadra em categorias espaço-temporal. Não se trata de um local, mas de algo de natureza dimensional.
E aqui cabe perguntar: será eterno este inferno? Será. Mas isto do ponto de vista da eternidade, onde o khronos (tempo) não é algo como em nossa dimensão. Na eternidade, a “medida” que vale é o Aeon, um tempo sagrado, desprovido de uma medida precisa, um tempo onde as horas não passam cronologicamente, o tempo de Deus.
Caio Fábio afirma: “o inferno durará uma eternidade, mas a misericórdia de Deus vai de eternidade a eternidade”. Assim, o que se pode deduzir, e isso com fundamentação bíblica, é que até mesmo o inferno terá o seu fim, pois, como sabemos, “a misericórdia triunfa sobre o juízo”. Sim, a Graça já proveu todas as coisas!
Eu penso que a grande questão a ser entendida é que o inferno não foi criado para homens e sim para o Diabo e seus anjos! Quem pode acreditar num Deus de amor que, uma vez tendo concluído o seu plano, julgados os pecados de sua criação, irá enviar para um lugar de trevas, fogo e dor eterna as almas dos que não corresponderam às suas expectativas? Quem quiser que creia nesse deus! Menos eu!
O apóstolo Pedro pode nos levar a entender melhor este inferno escatológico. Em 1ª. Pe. 3:19, lemos: “no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão que há muito tempo desobedeceram, quando Deus esperava pacientemente nos dias de Noé”.
Neste texto, Pedro usa a expressão “tártaro”, a qual estava associada à cultura helênica e representava uma subdivisão do hades. No tártaro ficavam todos os que haviam pecado deliberadamente contra Deus, ou seja, os homens maus.
Pois foi justamente a este “lugar” dimensional que Jesus se dirigiu quando morreu fisicamente. Ele entrou lá e anunciou: “Vencida foi a morte! Quem deseja aceitar a Graça de Deus?”. E assim, toda aquela geração teve uma nova oportunidade, pois, onde quer que uma consciência se acenda para a Boa Nova do Evangelho, dali sairá imediatamente para entrar na festa do perdão e da misericórdia.
Por outro lado, não é absurdo supor que alguém que chegou um dia a “habitar” o inferno, ainda que por um instante/momento, acabe por se tornar “diabo”. Assim, imagino que haverá aqueles que, deliberadamente, se recusarão a aceitar o Cordeiro e, sendo assim, perecerão. Sim, há um tipo de sentimento que se instala no coração para a morte, pois impermeabiliza o ser para o amor e, desta forma, quem o carrega, receberá justa punição.
Para esses que transgredirem e não aceitarem, em hipótese alguma o amor de Deus, haverá apenas juízo, pois eles serão lançados neste “lugar” e lá ficarão, “até que paguem o último centavo”, usando aqui a alegoria já exemplificada.
Ao final, o que teremos, após o juízo, está revelado no texto de Apocalipse 20:14, que nos afirma que: “A morte e o inferno foram lançados no lago de fogo...”. Nesta ocasião, quem estiver lá “dentro”, tendo rejeitado em todas as instâncias o perdão de Deus mediante sua Graça, estará sendo destruído para sempre.
Tanto o Diabo e os seus anjos, quanto os homens, deixarão de existir. Os homens perderão a consciência de si mesmos, sendo transformados em não-ser e, por fim, se nadificarão.
Eu sei que estou tocando numa questão paradigmática. Há gente, inclusive, que se soubesse que o inferno — tendo como referência este lugar que habita o inconsciente coletivo da cristandade — não existe de fato, talvez deixasse de amar a Deus e caminhar com Jesus.
O que percebo, no epílogo da existência humana, é que tudo é Graça e Misericórdia, pois apenas o que diz respeito ao amor se eternizará. O mais, tudo o mais, será extinto, passará o céu e a terra, mas o amor sobreviverá!
É minha convicção que na eternidade com Deus não haverá paraíso e inferno, ambos coexistindo paralelamente, simultaneamente. O que nos aguarda quando tudo estiver reconciliado com o criador, será aquilo que “nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano...”, pois Deus assim o quis.
Para mim, inferno sempre remeteu a algo que trata da separação de Deus. Viver sem Deus é existir no absurdo, entregue à própria sorte, e isso, nem mesmo o Eterno permitirá. Como se diz no jargão popular: “quem viver verá!”.
© 2015 Carlos Moreira
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segunda-feira, 13 de julho de 2015

DOZE PASSOS PARA UM PASTOR TER UM INFARTO LEGAL!



1. Cuide da igreja antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias.

2. Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também na sua folga de segunda.

3. Se não puder permanecer na igreja todas às noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.

4. Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que as ovelhas solicitarem.

5. Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias e conselhos. Aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, congressos.

6. Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para atender as pessoas ou fazer reuniões importantes.

7. Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola, tênis, passeando com a esposa. Afinal, o tempo é precioso!

8. Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro.

9. Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem; pois, quem não quer: manda, quem quer: faz.

10. Se sentir que está perdendo o ritmo e o fôlego, tome logo estimulantes e energéticos. Eles vão te deixar tinindo.

11. Se tiver dificuldades em dormir, não perca tempo: tome calmante e sedativo de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.

12. E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração e meditação diante de Deus. Isto é para crentes e neófitos. Repita para si mesmo: Eu sou a minha própria religião.


Fonte: Humor Cristão