segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

POR QUE UNS VIVEM TANTO E OUTROS TÃO POUCO?


Por Josemar Bessa
Morreu Oscar Niemeyer, 104 anos e perto de completar 105. É uma looonga vida! Há algum tempo atrás um instrutor de paraquedismo do exército sofreu um acidente num salto de instrução. O paraquedas se embolou com o paraquedas reserva e ele caiu de uma altura enorme e apesar da queda quebrou apenas o braço… Sobreviveu de maneira incrível.
Em momentos assim, muitas vozes dizem que Deus “gosta” daquela pessoa em particular – “Alguém lá em cima olha por mim!”
E quando a pessoa tem uma vida longeva, 70, 80, 09, 100 anos. Imagine todos esses anos num mundo cheio de perigos, quantos livramentos aconteceram, quantas vezes se venceu enfermidades, acidentes… desde a infância.
Todo problema está sobre que interpretação o homem dá a isso. Na contagem dos livramentos nós tentamos achar a razão. E em nosso mundo, libertação é interpretada com aprovação. Se Deus não estivesse de alguma forma satisfeito ele teria deixado essa pessoa morrer, não teria dado tantos livramentos, não daria uma vida tão longa…
Olhando para a natureza da paciência de Cristo, longanimidade e tolerância para com os pecadores, qual é o veredicto da Bíblia? Ela mostra que o pecador erra ao tentar interpretar a paciência de Deus. Não havendo punição imediata sobre o pecado, dando continuidade a misericórdias temporais, o pecador faz a leitura oposta a que devia fazer: “Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?” Romanos 2:4
Devemos lembrar que a demora de Deus não é uma fraqueza moral. Não é uma visão tolerante para a vida do homem em pecado. Muitos põe sua fé, não na revelação bíblica de Deus, mas num aspecto que mais lhe agrade. Pensão então que porque Deus não puniu o pecado de uma vez só, nunca irá chamar o homem para a prestação de contas. Então ele morre cheio de fé, não no evangelho, mas na paciência de Deus.
Ao olhar a paciência de Deus experimentada em toda sua vida, o homem interpreta isso como sinal do favor divino, e ele morre assumindo que essa tolerância vai durar para sempre. Mas a tolerância não é aprovação. A tolerância divina não é absolvição, a tolerância divina não é o cancelamento da dívida. Esse tempo é apenas um atraso temporário do julgamento. Esse atraso está cheio de paciência, misericórdia, generosidade…
“Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus” – Romanos 2:4-5
O atraso não é aprovação, ira vai sendo represada a medida que os anos vão passando. E nós sabemos que algo represado quando finalmente e liberado a destruição provocada é muito mais trágica.
Ajudemos aos outros a interpretar corretamente as misericórdias temporais de Deus e jamais olhemos as misericórdias de Deus como aprovação a tudo que Ele despreza, em nós ou no mundo.
“Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”. Isaías 55:5
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Fonte: Fides Reformata

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