sábado, 29 de dezembro de 2012

Banho "abre caminhos "de ano-novo - versão gospel




Você virou crente, mas quando chega no ano-novo sente saudades de vestir um branco, pular umas ondas e tomar seu banho de descarrego? 


A Universal tem a solução! Banho de descarrego gospel com água do Rio Jordão!





PS: Cá para nós, a sorte é que esta água da Universal é da Sabesp mesmo -Jordão Paraguaio- porque o verdadeiro rio Jordão em Israel tem mais coliformes fecais do que uma fossa. Está super poluído em quase todo os seus trechos. E tem evangélico que sai daqui para ir lá tomar banho de cocô... Ah! Mas é bosta ungida... bom, a Universal também é, né não?! 








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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

No Facebook Todo Mundo é Feliz





Carlos Moreira

Um dos maiores fenômenos nos EUA nos últimos anos chama-se “Second Life”. Trata-se de um “metaverso, um mundo virtual tridimensional que oferece a qualquer um que tenha acesso a internet a possibilidade de ter uma segunda vida, um alter-ego”.

Second Life permite que residentes do universo on-line possam trabalhar, estudar, passear, namorar, fazer compras, vender, ter novos amigos, viajar, ou seja, experimentar quase todas as dinâmicas de uma vida real, mas com uma enorme vantagem: no Second Life você pode ser quem quiser, ter uma outra vida, totalmente diferente da que já possui. Nela você pode ser famoso, rico, bonito, saudável, bem empregado, ou seja, ter ou ser tudo o que você sempre quis, mas que, talvez, nunca tenha conseguido. 

Quando eu observo o fenômeno das redes sociais, sobretudo o Facebook, eu me lembro muito do Sencond Life. E por quê? Porque o Facebook permite que se tenha uma vida dentro da própria vida, ele estabelece um ambiente virtual onde qualquer um pode aparentar ser o que desejar! Na verdade, a grande maioria das pessoas estão ali se relacionando com outras milhares que não lhe conhecem bem, ou mesmo que sequer nunca lhe viram pessoalmente.

Eu sou usuário do Facebook. Entro lá para divulgar mensagens, artigos, reflexões, frases, e para dar notícias sobre meu ministério e minha comunidade. Como não tenho tempo para ficar analisando o que se posta, às vezes dou uma olhada rápida no feed de notícias para ver o que aparece por lá... É como se você ficasse diante de um grande “quadro de avisos” onde as pessoas postam as mais diversas informações: frases, músicas, imagens, vídeos, textos, piadas, e tudo o que, eventualmente, lhes chama a atenção.

Obviamente, o conteúdo publicado por cada pessoa muda de acordo com os “conteúdos” interiores que em cada um existe, com sua matriz de valores. Como somos uma geração com muita aparência e pouca consciência, tenho percebido que cada vez mais encontro “material degradável” no Facebook. Recentemente, inclusive, cheguei a afirmar que esse “ambiente” estava parecendo um grande lixão, onde é preciso um esforço hercúleo para se achar algo que se aproveite.

Mas o que mais me impressiona no Facebook é o fato de boa parte das pessoas viverem, na grande maioria do tempo, uma enorme mentira, uma vida que não é a delas. É gente que está despedaçada fazendo piada, casais em crise postando fotos de amor, profissionais frustrados contando vantagens, pessoas solitárias compartilhando experiências maravilhosas, pais descuidados em fotos belíssimas com os filhos, gente flertando e contando lorota, têm de tudo um pouco, muita encenação e pouca verdade. O grande perigo, todavia, é descuidar nos exageros e cair no que bem citou o Millôr Fernandes: “jamais diga uma mentira que não possa provar”.

Triste geração esta, onde ser o que se é tornou-se algo insuportável. Por isso precisamos tanto do disfarce, de algo que nos projete da falsidade real para a realidade virtual. Tem toda a razão Erich Fromm quando afirmou: "somos uma sociedade de pessoas com notória infelicidade: solidão, ansiedade, depressão, dependência; pessoas que ficam felizes quando matam o tempo que foi tão difícil conquistar". E me responda, com total isenção e honestidade, em que lugar se “mata” mais o tempo do que no Facebook?

Diante de tudo isso, alguém pode afirmar que sou contra a tecnologia. Não, não sou. Mas confesso, sou totalmente cético quanto ao fato da tecnologia poder nos tornar pessoas melhores e dar a humanidade um futuro mais tranquilo. E aqui lembro de George Carlim; “construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicarmos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias”.

Escrevi esse texto porque, nessa madrugada, conversando com alguém que conheço há bastante tempo, que não pode me esconder os contornos de sua vida, percebi que seu estado era preocupante, senti suas dores, discerni sua angústia, “inalei” sua tristeza, “sorvi” sua solidão, “degustei” sua ansiedade, seus medos, sua aflição. Foi uma conversa longa e difícil...

Hoje pela manhã, todavia, quando fui divulgar uma programação da comunidade, percebi que depois de termos batido aquele "papo", o dito cujo passou o resto da noite postando piadas, fotos engraçadas, contando vantagens, falando bobagens, dizendo tolices, tirando “onda”, como se nada do que está “depositado” nos escaninhos de sua alma fosse real.

Diante do ridículo da situação, e com certo ar de decepção, não me restou outra alternativa a não ser relacionar tudo aquilo com a velha canção do Bee Gees – “Jive Talking” – numa tradução livre: “Papo Furado”. Sim meu “mano”, tudo aquilo que foi publicado não passou de “conversa mole”, dissimulação e mentira. Por isso, tenha muito cuidado, pois do outro lado da linha tem gente de carne e osso, e não estátuas! Certo mesmo estava o Renato Russo ao afirmar: “mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira”. E viva o Facebook!



Carlos Moreira é coeditor do Genizah


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10 profecias do fim do mundo que falharam



Hélio Pariz

Profecia do fim do mundo com data marcada é um fenômeno assim meio sazonal. Mal uma é desmascarada como falsa, surge outra no seu lugar. 

É um caso cíclico de lendas e mitos divulgados por pessoas que se acham iluminadas, mas não aprendem com os erros dos "profetas" que lhes antecederam.

Na edição de 20 de maio de 2011, ainda sob o impacto do "fim do mundo" que o pastor norteamericano Harold Camping havia previsto exatamente para aquele dia, a revista Time publicou a sua lista das 10 mais famosas profecias apocalípticas que falharam.

Curiosamente, todas as profecias têm em comum o sentido de urgência. Aguarda-se o apocalipse para muito breve, e todos devem proceder com a rapidez desejada para tanto, e, cá entre nós, faz tempo que a sabedoria popular diz que a pressa é inimiga da perfeição.
Agora, diante da perspectiva de mais um dia do fim do mundo fracassado, no caso hoje, 21/12/12, nada melhor do que relembrar aquela matéria da Time, com as devidas adaptações:

1) Os milleritas

Eles tomaram esse nome em função de terem seguido o pastor William Miller, a quem a revista Time chama de "provavelmente o mais famoso falso profeta da história".

Miller começou a pregar o fim do mundo no começo da década de 1840, dizendo que Jesus retornaria à Terra e o planeta arderia em fogo em algum ponto entre 21 de março de 1843 e 21 de março de 1844.

A mensagem de Miller foi amplamente divulgada e cerca de 100.000 seguidores seus venderam tudo o que tinham e foram para as montanhas esperar o fim predito.

Entretanto, quando o período anunciado passou em brancas nuvens, Miller disse que havia cometido um "equívoco" nos cálculos, e marcou a nova data do fim do mundo para 22 de outubro de 1844. Novo fiasco.

Esse dia passou para a história americana como o "Dia da Grande Decepção", mas boa parte dos seguidores de Miller se reagrupou alguns anos depois sob o comando de Ellen G. White, vindo a formar a igreja adventista do sétimo dia, que manteve o dia 22/10/1844 como a sua peculiar doutrina do "juízo investigativo", em que Cristo teria retornado aos céus, ao Santo dos Santos, para terminar sua obra de expiação dos pecados.

2) Harold Camping, 1994 e 2011

O pastor americano é reincidente na triste função de falso profeta. Em 1992 ele já havia previsto a segunda volta de Cristo e o fim do mundo para alguma data em meados de setembro de 1994.

Depois que sua "profecia" fracassou, Harold Camping disse que estava triste mas isso não o incomodava nem um pouco.

O segundo fracasso de 2011, entretanto, parece que convenceu o frustrado pastor futurólogo a aposentar sua bola de cristal.

3) A profecia maia

Hoje, 21 de dezembro de 2012, é exatamente o dia em que o calendário maia termina, segundo algumas fontes.

Entretanto, existe uma grande controvérsia sobre se o calendário maia foi corretamente interpretado, o que não impediu que muita gente entrasse em pânico com a simples possibilidade de que ele pudesse estar certo.

De qualquer maneira, livros foram escritos, filmes foram produzidos e - como sempre - muito dinheiro se ganhou com o pânico gerado pela previsão midiática.

Sinal de que, diante do fracasso do apocalipse maia, novas profecias virão em seguida, a fim de que alguns espertalhões continuem ganhando muita grana às custas dos incautos.

4) William Branham

Também conhecido como "Irmão Branham", o pastor pentecostal estava numa de suas pregações públicas em 28/12/1963 no Estado do Arizona (EUA), quando uma "linda e misteriosa nuvem" teria deslizado pelo deserto.

William Branham então subiu à montanha Sunset, onde, segundo alegou posteriormente, teria se encontrado com sete anjos que revelaram a ele o significado dos sete selos do livro do Apocalipse.

Alguns dias depois, já no Tabernáculo Branham de Jeffersonvile (Indiana), o pastor pregou sete sermões por sete noites, explicando o significado dos selos e das sete visões que ele teria recebido, concluindo que Jesus retornaria à Terra em 1977.

Não houve tempo, entretanto, para que Branham visse sua previsão dar com os burros n'água, já que ele morreu na noite de Natal de 1965, seis dias após um motorista bêbado ter colidido seu carro com o do pastor.

5) Os anabatistas de Munster

Nos conturbados anos que se seguiram à Reforma Protestante, surgiram não só as igrejas reformadas tradicionais que conhecemos hoje em dia, mas várias seitas milenaristas e apocalípticas que incomodaram profundamente os próprios reformadores.

Entre os anabatistas não estavam somente "pessoas que batizam de novo", como a raiz grega do nome evoca, mas anarquistas e revolucionários de todo tipo que pregavam um mundo sem ordem e hierarquias enquanto aguardavam - para muito breve - o retorno de Cristo.

Na década de 1530, milhares de camponeses alemães tomaram a cidade de Munster, e ali ficaram entrincheirados numa espécie de sociedade protocomunista medieval, dizendo que Munster era a Nova Jerusalém, na qual esperavam a segunda vida de Jesus.

Entre eles estava Jan Bockelson, um alfaiate de origem holandesa, que se declarou o "messias dos últimos dias", virou polígamo, emitiu moedas que profetizavam o apocalipse urgentemente vindouro e dominou cruelmente toda a população de Munster.

O fim veio para Bockelson em 1535, quando a cidade foi tomada e a população dizimada pelas forças dos príncipes alemães. O detalhe tétrico é que há quem diga que os testículos de Bockelson foram pregados no portão de entrada de Munster.

6) Agonia do planeta de Hal Lindsey

Hal Lindsey é um pastor e escritor americano, nascido em 1929, que ficou muito conhecido nos anos 1970 por seu livro best seller "The Late, Great Planet Earth", traduzido no Brasil por "A Agonia do Grande Planeta Terra", publicado no Brasil pela Ed. Mundo Cristão.

Lindsey foi um dos grandes expoentes do dispensacionalismo (corrente teológica que divide a história do mundo em "eras" ou "dispensações" dos desígnios de Deus), e no livro em questão, tomando como base sobretudo o retorno do povo judeu a Israel algumas décadas antes, predisse que o mundo terminaria em alguma data pouco antes de 31 de dezembro de 1988.

Na esteira das previsões de Hal Lindsey, Edgar Whisenant publicou em 1988 o livro "88 Reasons Why the Rapture Will Be in 1988" ("88 Razões pelas quais o Arrebatamento Acontecerá em 1988"), que (como todo bom "fim do mundo") vendeu pra caramba, 4.500.000 de cópias, deixando seu autor envergonhado pela falsa profecia, mas com uma gordíssima conta bancária para afogar suas lágrimas de crocodilo.

Aliás, esse é outro detalhe curioso. Porque esses "profetas" gostam tanto de ganhar dinheiro com livros, vídeos, conferências e afins, se não vão ter tempo de gastá-lo?
Os ensinos de Lindsey continuam populares até hoje, já que a famosa série "Left Behind" ("Deixados para Trás"), de Tim LaHaye e Jerry Jenkins, continua vendendo muito bem, obrigado, e não é nada mais nada menos do que a oferta das mesmas ideias requentadas da agonia do planeta Terra da década de 1970.

Não vai tardar muito, portanto, para reaparecer uma "profecia do fim do mundo" nesses mesmos moldes. Dá grana!

7) O "bug" do milênio

Os mais jovens não se lembrarão disso, mas a maioria recordará o furor que tomou conta do mundo por ocasião da virada do ano 1999 para o ano 2000.

O temor de uma catástrofe mundial se baseava no fato de que a imensa maioria dos computadores de então, por uma questão de economia de equipamento, havia previsto apenas duas casas para designar o ano na data (o famoso campo Y2K).

Desta maneira, quando 1999 virasse para 2000, o risco era que, naquela meia-noite específica, os computadores de bancos, empresas aéreas, fornecedoras de serviços públicos, etc., entendessem que o mundo havia voltado a 1900 e alastrassem o caos pelo planeta.

Associe a esse dado tecnológico ao ditado popular "até 2000 chegarás, de 2000 não passarás" (que de bíblico não tem nada), e - pronto! - a confusão está estabelecida.
Apesar de todo o pânico prévio gerado pelo bug do milênio, nenhum incidente cibernético de monta foi registrado nos primeiros dias do ano 2000. Outro grande logro que também vendeu pra caramba...

8) O Ramo Davidiano

Depois de uma infância pra lá de problemática e passagens pelas igrejas batista e adventista, David Koresh (nascido oficialmente como Vernon Wayne Howell) se juntou em 1981 à seita Ramo Davidiano, um grupo dissidente dos adventistas que se formou na década de 1950.

A seita davidiana era baseada em Waco, no Estado do Texas (EUA), num rancho que eles denominaram de Monte Carmelo. Não demorou muito, entretanto, para que Koresh decidisse alçar, digamos, voos próprios.

Em 1983, ele se autoproclamou profeta, e após uma sucessão de intrigas dentro da seita, que incluíram assassinatos de líderes concorrentes, Koresh convenceu vários seguidores a se juntarem a ele no rancho em Waco para aguardar o fim do mundo.

Só que o fim do mundo, lamentavelmente, veio na forma de um cerco das autoridades americanas, que durou 50 dias e exterminou da face da Terra dezenas de seguidores de Koresh, além dele próprio e alguns policiais.

9) Testemunhas de Jeová

A seita faz de tudo para que o mundo esqueça que seu fundador, Charles Taze Russell, havia previsto o "retorno invisível" de Jesus em 1874, que "prepararia" a sua Segunda Vinda em 1914.

O início da Primeira Guerra Mundial neste ano, fez com que Russell decretasse o "fim da era dos gentios", o que se confirmou, na verdade, como mais uma previsão furada.

Ele morreria em 1918,  deixando aos seus sucessores a difícil tarefa de explicar por que o fim não chegou no ano previsto.

A solução destes foi apontar 1914 como aquele retorno invisível de Jesus que fora previsto para 1874 (data que seria posteriormente varrida pra debaixo do tapete).

Afinal, a Primeira Guerra Mundial era um evento importante demais para não ser aproveitado como evidência, já que - bem ou mal - eles haviam previsto alguma coisa estranha para aquele ano.

Só que as previsões para o fim do mundo não parariam por aí. O segundo presidente da Sociedade Torre de Vigia, Joseph Franklin Rutherford, faria ainda uma previsão para 1925, quando os profetas do Antigo Testamento seriam ressuscitados.

Para acomodá-los (fisicamente falando), ele construiu a casa conhecida como Beth Sarim ("Casa dos Príncipes"), e - já que felizmente ninguém viu Isaías e Jeremias andando por aí - depois de 1925 a "hospedaria profética" sem uso acabou se tornando sua própria residência, onde morreria em 1942.

Um novo fim do mundo seria ainda previsto para 1975. A Torre de Vigia alegava que a criação do homem completaria 6000 anos naquele ano específico. E como em uma semana cujos dias equivalem a 1000 anos (2ª Pedro 3:8), os próximos 1000 anos seriam uma espécie de "milênio sabático".

Mais uma vez a data passou em branco, e atualmente nenhuma testemunha de Jeová conhece tal previsão.

10) O incêndio londrino de 1666

O número 666, como a maioria das pessoas desconfia, tem um significado místico-cabalístico que transcende aquele registrado como "a marca da besta" no livro de Apocalipse (cap. 13, v. 18).

As pessoas até suspeitam que o número 666 tem alguma, digamos, "maldição embutida", embora nem sempre saibam exatamente a sua origem.

Imagine agora como se sentiam os europeus às vésperas do ano 1666, sobretudo no ano 1665, quando uma praga varreu 100.000 pessoas de Londres, matando 1/5 da população local à época.

Se já havia rumores de que o fim do mundo se aproximava, a praga só os reforçou, até que no dia 2 de setembro de 1666 um incêndio aparentemente inofensivo começou numa padaria da Pudding Lane e - rapidamente - se alastrou pela cidade, queimando 13.000 edifícios e dezenas de milhares de casas durante 3 dias do mais absoluto terror.

Apesar do pânico gerado (por motivos urgentes e reais, registre-se), quando o fogo baixou e as cinzas se assentaram, pouco menos de 10 pessoas morreram, e o fim do mundo foi adiado mais uma vez, exatamente como ocorre hoje, 21 de dezembro de 2012. 

Vamos ver qual é o próximo fim do mundo na fila... urgente!


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domingo, 23 de dezembro de 2012

CADA UM É LIVRE PARA FAZER O QUE QUER



Por Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
Ouvi esta frase, num programa de televisão: “Cada um é livre para fazer o que quer”. Ela me fez pensar.
O homem é dotado de capacidade de pensar e tomar decisões. É responsável por seus atos. Não se pode impor a alguém uma religião ou uma ideologia, por exemplo. Pais escrupulosos não imporão uma profissão a seus filhos. Respeitarão suas habilidades e o seu pendor. Neste sentido, a frase tem certa razão. Cada um faz o que quer de sua vida, sendo por isso responsável. Neste sentido, a liberdade é plena.
Mas nem sempre somos livres para fazermos o que queremos. Eu gostaria de fazer muitas coisas que simplesmente não posso. Neste sentido, não somos livres para fazer o que queremos. Querer não é poder. Podemos querer coisas que não podemos ter.
Há coisas que não apenas não podemos fazer, mas que não devemos fazer. Um homem pode desejar ter todas as mulheres do mundo, mas ficará no desejo. Alguém disse que Deus é mal humorado porque parte dos dez mandamentos começa com um não. Ele nos proibiu coisas boas que gostaríamos de fazer. Por isso diz uma música popular que “tudo que eu gosto é ilegal, imoral ou engorda”. As coisas boas são proibidas. Deveríamos poder fazer e ter todas as coisas que gostaríamos. Abaixo as leis, abaixo os conceitos moralistas, abaixo as religiões com suas regrinhas! Viva a anarquia, vivam os desejos, façamos o que queremos e chega de conversa.
Mas isso funciona? Por querer a mulher de Urias o rei Davi planejou a sua morte. Fez o que quis: adulterou e idealizou um assassinato. Mas pagou um preço muito alto pelo que fez. Pode-se fazer o que se quer ou é necessário ter regras? Liberdade é o direito de fazer o que se quer? O que uma pessoa quer e pensa ser seu direito pode ser a transgressão do direito de outra.
Deus colocou tantos não nos dez mandamentos não por mau humor, mas por saber que somos maus, que somos pecadores. É uma incoerência o conceito humanista de que o homem é bom. Se o homem é bom, por que a maldade e tantas desgraças? Dizer que ele é bom e que a sociedade o corrompe é uma incongruência. A sociedade não é pau nem pedra. É gente. A sociedade é a soma das pessoas, que são más. Davi confessou sua maldade inata, quando declarou: “eu nasci em iniquidade” (Sl 51.5). Isso é o que os teólogos chamam de “depravação, a capacidade inata no ser humano de buscar o mal”. O homem não é bom. É pecador. Bem disse Billy Graham, “o homem é exatamente aquilo que a Bíblia diz que ele é”.
Por ser pecador, o homem não pode fazer o que deseja, pensando que assim é livre. Disse Paulo: “o bem que quero, esse não faço; o mal que não quero, esse eu faço” (Rm 7.19). Quando seguimos nossos instintos e paixões, não nos realizamos, mas nos frustramos. Ouvimos a iniquidade, desprezando leis e princípios que orientam a vida, e nos tornamos como os irracionais, que não têm capacidade mental e seguem o instinto. E nos damos mal.
Fazer o que se quer não é ser livre. É ser escravo. Dos instintos. De uma natureza corrompida. Por isso Jesus disse que “todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (Jo 8.34). Não somos livres quando fazemos o que queremos, e regras e princípios não são algemas. Imaginemos um trem que quisesse trafegar fora dos trilhos para poder ser livre. Saísse dos trilhos e entrasse pelo gramado, cheio de flores, alegre e festivo. Ele afundaria, com seu peso. Há um lugar para ele transitar e fora deste lugar ele se imobiliza.
Liberdade não é o direito de se fazer o que se quer. O pensador cristão Elton Trueblood disse que “liberdade não é liberdade para, mas liberdade de”. Somos livres não para fazermos o que queremos, mas somos livres de alguma coisa. Somos livres para sermos o que Deus espera de nós. Como disse Kierkegaard: “Com a graça de Deus serei o que devo ser”. Jesus ilustrou isto muito bem: “se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres” (Jo 8.36). Liberdade é a capacidade de poder gerir a sua vida. É a capacidade de viver sem ser escravo de vícios, de paixões vis, de drogas, da ansiedade, do medo do futuro. Desde quando uma pessoa escrava de um pedaço de papel com mato dentro, um cigarro, é livre? Desde quando alguém que não consegue livrar-se de uma garrafa é livre? Livre é a pessoa que pode dizer: “Isto me faz bem e eu aceito. Tenho forças para fazê-lo, mesmo não gostando”. Livre é a pessoa que pode dizer: “Isto é agradável, mas trará más consequências. É bom, mas tenho a capacidade de rejeitar”. Liberdade é o direito de saber usar bem a vida, de discernir entre o que se deve e o que não se deve.
Voltemos a Jesus: “se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. Ele dá discernimento espiritual e moral para sabermos o que buscar e o que evitar. Ele dá poder para vencer o que é agradável, mas daninho. Ele torna a pessoa livre. Muita gente censura os crentes, dizendo sermos escravos, que não podemos fazer muitas coisas. Não é que não podemos. É que não queremos. Não nos têm valor. Volto à questão do cigarro: é ridículo um adulto chupando sofregamente um mau cheiroso invólucro de papel com mato dentro, sem poder parar de fazê-lo, embora muitas vezes querido fazê-lo. Coisa triste um bêbedo, caído na sarjeta, escravo do álcool. Coisa deprimente e triste um casal se separando, com os filhos prejudicados, por causa da infidelidade conjugal de uma das partes.
Os crentes não vivemos debaixo de regrinhas. Vivemos na liberdade que Cristo nos deu. Ele nos abriu os olhos e capacitou nossa vida para vencermos o mal que desgraça e optarmos pelo bem que exalta.
Você pode ser livre. Pode deixar de fazer o que lhe prejudica e fazer o bem que sabe que deve fazer. Basta confiar em Cristo, fazendo dele seu Senhor, cedendo-lhe sua vida, confiando-lhe a direção do seu viver. Você descobrirá o que Jesus quis dizer com “e conhecereis a verdade e verdade vos libertará”. Jesus é a verdade que liberta. O resto é mentira. Seja livre. Assuma um compromisso com Cristo.

ONDE JESUS ESTEVE ENTRE OS 13 E 30 ANOS?



Por Augustus Nicodemus Lopes
A revista Aventuras na História da Editora Abril publicou uma matéria onde requenta a velha teoria de que Jesus, dos 13 aos 30 anos, viveu em países estrangeiros aprendendo mágica, filosofia e alquimia, antes de se apresentar em Israel como o esperado Messias dos judeus. Vários evangelhos apócrifos são mencionados como fonte para esta especulação.
A matéria é entediante, além de revelar a mais completa ignorância dos estudos bíblicos e arqueológicos relacionados com a vida de Jesus Cristo. É igual às outras publicações sensacionalistas de fim de ano, que se aproveitam do Natal todo ano para interessar os curiosos e ignorantes tecendo teorias absurdas sobre a vida de Jesus.
A razão pela qual os Evangelhos não nos dizem nada sobre Jesus dos 13 aos 30 anos é por que os Evangelhos não são biografias no sentido moderno do termo, onde se conta toda a história da vida do biografado, desde seu nascimento até a sua morte, dando detalhes da sua infância, adolescência, mocidade, vida adulta e velhice. Os Evangelhos, como o nome já diz, foram escritos para evangelizar, isto é, para anunciar as boas novas da salvação mediante a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Portanto, o que da vida de Jesus interessa aos Evangelhos é seu nascimento sobrenatural, para estabelecer de saída a sua divindade, seu ministério público a partir dos 30 anos, quando fez sinais e prodígios e ensinou às multidões, e sua morte e ressurreição que são a base da salvação que ele oferece. Não há qualquer interesse biográfico na adolescência e mocidade de Jesus, pois nesta época, viveu e cresceu como um rapaz normal.
Assim mesmo, algumas informações dos Evangelhos canônicos – Mateus, Marcos, Lucas e João – nos deixam reconstruir este tempo da vida de Jesus, que passa sem registro direto. Lemos que quando Jesus começou a fazer milagres e a ensinar em sua própria cidade, Nazaré, os moradores estranharam muito pelo fato de que eles conheciam Jesus desde a infância:
“E, chegando à sua terra, ensinava-os na sinagoga, de tal sorte que se maravilhavam e diziam: Donde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos? Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto? E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa. E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles”. (Mat 13:54-58 ARA)
Percebe-se pela passagem acima que os moradores da cidade conheciam Jesus e toda a sua família. Se Jesus tivesse passado estes 27 anos fora da cidade, certamente não haveria esta reação.
Além do mais, o ensino de Jesus acerca da Lei, dos mandamentos, do Reino de Deus , as suas parábolas e suas ilustrações são todas tiradas do Judaísmo, das Escrituras do Antigo Testamento e das terras da Palestina. Ele está familiarizado com a agricultura, o cuidado de ovelhas, o mercado, o sistema financeiro e legal da Palestina. Estas coisas teriam sido impossíveis se ele tivesse passado todos estes anos recebendo treinamento teológico e místico em outro país, outra cultura, outra religião. Não há absolutamente nada no ensino de Jesus que tenha se originado na religião egípcia, persa, mesopotâmica do da índia, todas elas politeístas, cheias de deuses e totalmente panteístas. O ensino de Jesus, ao contrário é monoteísta e criacionista.
Estas lendas bobas da sua infância são tiradas de “evangelhos” apócrifos e espúrios, cuja análise já fiz e ofereci aos meus leitores aqui.
É impressionante, todavia, que ainda estão dando importância a este fragmento de um suposto “evangelho da esposa de Jesus” mesmo após autoridades em manuscritologia e papirólogos terem rejeitado sua importância e mesmo sua autenticidade. Escrevi aqui sobre o tal fragmento.
No fundo, a razão para todas estas especulações é a rejeição do quadro simples e claro que os Evangelhos nos pintam acerca de Jesus, como verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que nasceu, viveu e morreu para que pudéssemos ter o perdão de pecados e a vida eterna.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ATIVISMO GAY PROMOVE ORGIA SEXUAL COM CONSUMO DE DROGAS EM VIA PÚBLICA E ATÉ AMEAÇAS DE MORTE CONTRA CRISTÃOS!



Por Ruy Marinho
Acabo de assistir a um vídeo que está circulando na internet (já há algum tempo) com alto teor de ameaças contra os cristãos brasileiros. O referido vídeo foi gravado no IX Seminário LGBT, promovido pelo deputado federal e ativista gay, Jean Wyllys (PSOL-RJ), na câmara dos Deputados.
No vídeo, Márcio Retamero, um ativista homossexual de uma “igreja gay”, que de uma maneira incoerente utiliza o título de “pastor” para denegrir a imagem do cristianismo e da Palavra de Deus, usando de seu liberalismo teológico – relativizando e distorcendo os textos bíblicos para defender a teologia gay, destila todo o seu ódio cristofóbico ao chamar os cristãos (25% da população, ou seja, todos os cristãos) que defendem a família e a fé cristã de “desgraçados”. E o pior, no melhor estilo “revolucionário”, fez a seguinte afirmação contra os cristãos: “Eu estou disposto a pegar em armas se preciso for”. Veja abaixo:
O discurso é muito grave, visto que além de palavras ofensivas aos cidadãos brasileiros que professam a fé cristã, existe uma ameaça de morte através de armas de fogo!
Dentro do contexto cristão, a graça é o favor imerecido de Deus para com os homens. Desgraçado é alguém que é desprovido desta graça. Ora, se defendemos corretamente o que a Bíblia diz sobre a unidade familiar natural que Deus criou para a humanidade (Gn 1:27-28), bem como que o homossexualismo é contrário a natureza e pecado perante Deus (Lv 20:13, Rm 1:24-28,32, 1Co 6:9-11 etc.), logo, somos desprovidos de graça? Que incoerência! Na verdade, eu não consigo enxergar “graça” em alguém que descredibiliza e distorce a Bíblia de maneira irresponsável, que amaldiçoa o casamento, que xinga todos os cristãos de “desgraçados fundamentalistas” e ainda ameaça os mesmos de morte.
Como cristãos, reprovamos veementemente qualquer atitude de violência. Mas para o “pastor” Retamero, o fato de os cristãos “fundamentalistas” não concordarem com o comportamento homossexual em razão da fé cristã e por questões naturais, para ele significa que somos “desgraçados” e merecemos a morte!
Os ativistas gaysistas, com o dinheiro público facilitado pela esquerda política que está atualmente no poder, estão promovendo uma verdadeira perseguição contra os princípios cristãos. E os focos principais deste ataque, cirurgicamente articulado pela agenda gay, é descredibilizar a Bíblia, desestabilizar a base sólida das famílias e acabar com a liberdade religiosa. O que vimos neste vídeo acima é só uma pequena amostra da consequência dessa articulação progressista.
Em outro vídeo, uma reportagem recente de um programa de televisão mostra, na íntegra, as práticas libidinosas e criminosas que acontecem nas famosas paradas gays que acontecem em várias cidades, promovidas pelos ativistas gays e patrocinadas com verba pública, veja abaixo:
Em minha cidade (Goiânia) alguns meses atrás, também aconteceu a tal parada gay, na qual as cenas vistas no vídeo acima se repetiram por toda extensão da famosa Avenida Paranaíba, bem como nas ruas adjacentes no centro da capital goiana em pleno domingo, dia que as famílias costumam utilizar a via pública para seus respectivos passeios. Porém, muitas famílias que moram nesta região central ficaram acuadas dentro de suas residências sem poder sair com seus filhos, tudo por conta dos inúmeros atos libidinosos obscenos praticados em plena via pública, além do consumo indiscriminado de drogas, brigas, orgias e perturbação do sossego público. Casais gays, muitos com pouquíssimas roupas e com as nádegas de fora, se acariciavam com intimidade em plena praça pública! (veja aqui - atenção, cenas impróprias).
Agora pasmem! Muitos pais estão levando crianças para estes ambientes, com o intuito de mostrar para a criançada que existe uma “cultura gay” que deve ser considerada “igualitariamente normal” pela população. (veja aqui) Aliás, o propósito do kit gay nas escolas é exatamente tentar implantar uma incentivadora “cultura homossexual” desde criança e destruir os valores familiares, pois segundo os ativistas gays, é bem cedo que começa a ser ensinado o suposto “preconceito” contra este modus vivendi contrário a natureza. Veja um recente exemplo do avanço desta afronta à família no vídeo abaixo:
A situação é muito séria e mais profunda do que possamos imaginar! O marxismo cultural está se fortalecendo em nosso país, infiltrando-se há muito tempo através da “classe falante” (pessoas que produzem cultura e são formadores de opinião: jornalistas, cineastas, psicólogos, professores universitários, juízes, escritores, etc.), principalmente na esfera política em tempos de governo vermelho da foice e do martelo, inclusive até mesmo dentro de muitas igrejas através dos “evangélicos progressistas”.
O objetivo principal é promover uma “revolução cultural” – já que a luta armada não deu certo no Brasil – e destruir a base cristã da sociedade, relativizar a estrutura familiar e colocar o maior número possível de militantes socialistas no poder, na cultura e na mídia. E as ameaças são inúmeras, dentre elas o avanço desta minoria que, a todo custo, quer “modernizar” e destruir a base sólida da sociedade que são as famílias, além de tentar descredibilizar o cristianismo e querer colocar uma mordaça jurídica na boca de quem ousar criticar tais comportamentos obscenos e contrários a natureza humana, taxando todas as pessoas que possuem opiniões contrárias ao comportamento homossexual com o desonesto rótulo de homofóbico, que na verdade trata-se de uma patologia clínica. Usam este termo como se o Brasil estivesse passando por um surto de doentes homofóbicos, causadores de um genocídio homossexual, mas esta falácia de números já foi desmascarada, veja aqui.
O governo gastando verba pública de onze milhões de reais para promover a parada gay, bem como outros eventos homossexuais, é um forte sinal de que estamos caminhando para um caos liberal em nosso país. A estrutura familiar está cada vez mais ameaçada pelos ativistas gays que estão promovendo o pecado e a destruição da família com o dinheiro público, introduzindo inclusive matérias legislativas inconstitucionais, tais como: PL 122/06, kit gay nas escolas, casamento gay, adoção de crianças por casais gays, etc. Estas são ameaças reais em nosso país que visam relativizar a moralidade e ferir as famílias brasileiras, introduzindo à força um “novo conceito de família”, minoritário, improcriável e incriticável. E muitas outras ameaças estão por vir, pois o processo progressista é gradativo e lento, mas torna-se eficaz perante a omissão da população majoritária do país que reprova tais comportamentos.
Ao refletir sobre esta situação, lembro-me das lutas dos reformadores Lutero e Calvino, dos quais além de combaterem os romanistas e libertinos da época, defendiam que a Igreja deveria ser parceira do Estado e da Escola, contribuindo com fundamentos cristãos para uma sociedade equilibrada. Inclusive, Calvino defendia que a igreja deveria ser a consciência do Estado, tendo a responsabilidade de repreender os governantes que não cumprem com justiça o seu governo e protestar contra leis injustas. Porém, infelizmente hoje é muito comum no meio eclesiástico escutarmos que a igreja não deve se envolver em política e educação.
Por fim, a pergunta bem sincera que deixo no ar para refletirmos é: nós como cristãos, o que devemos e podemos fazer a respeito? Devemos exercer a nossa cidadania? Se sim, como podemos defender a família e os princípios cristãos neste caos liberalista pecaminoso? Se não, o que devemos fazer? Ficar trancados dentro de nossas igrejas e assistir a destruição moral da sociedade na qual vivemos com as nossas famílias?
Caro leitor, qual a sua opinião? Aliás, qual a sua posição? Creio ser, no mínimo, necessário debater a respeito.
Que Deus tenha misericórdia da Nação Brasileira!
***
Ruy Marinho é editor do blog Bereianos e colunista do Púlpito Cristão.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

INFELIZMENTE CURINTHIA...



Infelizmente, o mundo viu na manhã deste domingo, dia 16/12/2012 o Sport Clube Corinthians Paulista entrar para um seleto grupo de times brasileiros Campeões Mundiais, até porque o de 2000 é questionável, mas não vem ao caso.

Infelizmente porque? Infelizmente sim. Na realidade, talvez muitos não assumam, mas o time de Parque São Jorje não era o Brasil no Japão como ten
tava pregar a mídia, principalmente a Rede Globo, pelo contrário, a maioria do Brasil era Chelsea, e que Chelsea...

... até nisso o Corinthians dá sorte, enfrentou um time pragmático, sem surpresas, que limitava-se a alçar bolas na área e torcer para que uma delas entrasse... Esperava-se mais do time inglês, mas por capricho do futebol e do técnico Raffa Benitez, o toque da genialidade brasileira, o garoto Oscar, começaria apenas no banco de reservas, este que por sinal daria o passe do gol irregular de Torres, mas já era tarde demais ... com ele no banco o Chelsea começaria perdendo o jogo, entrando em cena outro nome...

... o cara do Corinthians, o goleiro feio por demais, mas com nome e sobrenome, Cássio Ramos, natural de Veranopólis RS, 25 anos e seus 1,95 metros. Gigante, o goleiro foi indiscutivelmente o nome da partida. Seguro e confiante fez milagres, algumas defesas concientes, outras com a pura sorte que um goleiro campeão necessita. Sem mencionar a ajuda de seu “companheiro” Fernado Torres, jogador limitado que teve nos pés as grandes chances do Chelsea, mas perderia todas, este sim, tem vivido apenas do nome.

A que se reconhecer, apesar do Brasil não ser Corinthias, o Corinthians continuaria a ser Corinthias ... percebia-se a cada lance, cada carrinho, cada passe consciente e principalmente, cada defesa da muralha corinthiana, afinal, tinha que ser sofrido ... pois eles davam mostras de que não abririam mão deste título, “dariam sangue” e se preciso fosse, a vida ...

... A torcida, popularmente conhecida como “bando de loucos” empuraria o time e na sintonia perfeita, Cássio continuava a operar milagres e aos 23 do 2º tempo, ele, Paolo Guerrero faria o gol histórico que consagraria o dia 16 de dezembro de 2012 em dois extremos, de um lado, mágica, euforia e felicidade da Nação Corinthiana, de outro, tristeza não somente para o Chelsea, mas para milhões de brasileiros que “secavam”.

A que parabenizá-los, afinal foram Campeões Mundiais legitímos e acresditaram que seria possível fazê-lo ... investiram, se planejaram e colheram os frutos de um trabalho, que tanto dentro, como fora de campo é de fato, audaz.

Alguns podem frisar: Se fosse contra o Barcelona seria diferente!!! Se o Oscar estivesse em campo era outra história!!! Se aquela bola tivesse entrado mudaria a partida”” Enfim, limito-me a dizer que o Corinthians infelizmente é Campeão Mundial em 2012 e que em alguns meses o noticiário esportivo brasileiro se limitará a mostrar infinitamente, dia após dia, este dia, este feito ... e a nós “do contra”, resta-nos mudar de canal ... afinal o Brasil não é Corinthians e ponto.
Autoria: Douglas Cordeiro dos Santos

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

SANCTUS DELIRIOUS



Por Jofre Garcia
- Igrejas!! Igrejas!! Meu reino por uma Igreja!
- Igrejas!! Igrejas!! Uma Igreja do Reino!
Gritava o sujeito nas ruas com uma Bíblia mão. Apesar de toda algazarra pouca atenção atraia. Até que um passante, indiferente, mas querendo sossego, protestou:
- Pra quê tanta celeuma? As placas estão aí, escolhas uma e te conforma.
Suspiros profundos, mãos na cabeça:
- Não quero a igreja da placas, elas já não dizem nada, são nauseantes, repulsivas, muitas delas exalam a podridão mística das coberturas idolátricas dos fantoches de Mamon.
Eis que outro se aproximou, e com nítida irritação retruca:
- Cale-se! Acaso atentas contra os ungidos? Recolha-se em seu nada ou venha ao sacrifício.
Olhos fitos, semicerrados, mas de tal modo penetrante que fez seu interlocutor baixar a vista:
- Não sabia que eram ungidos, nem parecem! Pois seus modos, seus feitos, suas falas, seus “evangelhos” de tão idênticos aos senhores e as coisas da terra, embaçaram minha visão que nem vi unção, embora tenha visto bastantes cifrões.
- Eis aí mais um frustrado! Cachorro morto! Chutai-o longe para não atrapalhar o culto – ameaçou um grupo indignado.
Corpo e indicador em riste, olhar firme e sem medo, a ponto de fazer recuar os salientes agressores:
- O cheiro fétido da rapina de vossos cultos enfastia-me o olfato, o vômito de vossas crenças inúteis embrulha-me o digestivo, o putrefato de seus sacrifícios enoja-me o espírito, a ganância torpe de vossa fé escandaliza o meu Deus.
- Cala-te!
- Cala-te!
- Cala-te!
Gritavam as turbas, os montes, as cavernas, os “crentes”, descrentes, os paletós e as gravatas…
Levantando a Bíblia acima de sua cabeça bradou:
- Não sou eu quem grita. Não sou eu quem brada. A Palavra vos acusa. A Palavra vos condena. A Palavra vos expõe. Os céus são testemunhas e até as pedras falarão por mim. A voz que lhes cortam é a mesma que os séculos não calaram, pois divina, eterna e poderosa ela é. E corta… Espírito – alma, juntas e medulas…
Alguém passando apressadamente, sandália de dedos e compras na sacola, olha com desprezo e ironiza:
- Já não basta tanta igreja e este besta criando drama. Veja, há uma logo ali, outra aqui e aquela lá. Vai-te! Pois em qualquer caminho é “amém igreja!”.
Caem-lhe os joelhos ao chão. Ergue os braços aos céus:
- Não! Não quero a igreja – metas e seus matemáticos pastores, pois suas ovelhas são números e não gente. Não quero a igreja – propósitos e seus pragmáticos pastores, pois suas ovelhas são frutos do estresse planejado. Não quero a igreja – engessada e seus pastores nostálgicos, pois suas ovelhas cultuam o passado. Não quero a igreja – empresária e seus pastores executivos, pois suas ovelhas são produtos de marca e grife. Não quero a igreja – negócio e seus pastores comerciais, pois suas ovelhas são mercadoria negociável e peças de estoque. Não quero a igreja – mídia e seus pastores estrelas, pois suas ovelhas são marionetes não pensantes. Não quero a igreja – feudo e seus pastores senhores, pois suas ovelhas são vassalas exploradas pelo medo. Não quero a igreja – mística e seus bruxos pastores, pois suas ovelhas são cegas a caminho do abismo. Não quero a igreja – quadrilha e seus pastores bandidos, pois suas ovelhas vítimas incautas.
E continuou…
- Parem! Parem! PAREM!!! SOCORRO!!!
Juntando as mãos dobrando o corpo, as lágrimas rolaram na face.
- Eu quero uma Igreja. Uma Igrejinha. Igreja – gente. Igreja – Corpo. Igreja – Vida e viva. Igreja que não se venda, que não se dobre, que não minta, que não blasfeme, que não negocie. Eu quero Igreja – Deus e não igreja – homem, mas que sendo Igreja – Deus, também seja Igreja – Homem. Eu quero a Igreja! Meu reino pela Igreja! Eu quero a Igreja do Reino, lavada no sangue do Cordeiro. Eu quero a Igre…!
Zás!
Zás!
Pedras rolaram em meio aos cânticos. Chutes vieram em meio a “mistérios”. Socos surgiram como milagres. Tapas soaram como “visões”. Cuspes jorraram em transes e sonhos. Pauladas desceram em atos proféticos. Pancadas caíram junto a versículos. Paletós e gravatas puxaram-lhes os cabelos.
O corpo inerte estendido no asfalto.
- Amém! Glóoooooooooooooooooorias!!!! – a turba bradou. E, depois, um por um, seguiu para os cultos de peito lavado e missão cumprida.
Então, um ateu, crendo, orou a Deus e tentou reanimá-lo.
Um cético creu, e trouxe-lhe um copo d’água.
Um católico quis chamar a polícia, mas temeu a turba.
E os que não dobraram os joelhos (alguém contou sete mil) socorreram-lhe a vida.
Enquanto isso, dois transeuntes que observaram toda cena, caminhando tranqüilos comentaram:
- Que vem a ser tudo isto?
- É mais um dos delírios dos santos.
E lentamente seguiram para as catedrais humanas.
Em Cristo, na Fé e no Caminho.
***