Sara Catarino
Como é que esta mulher possuía tal preciosidade, só pode ser imaginado. Seria pessoa de grandes posses ou aquele perfume estaria guardado para um momento muito especial na sua vida, não sei. Ela entrou de mansinho na sala do banquete e num gesto rápido, imprevisível, abriu ou partiu a tampa do vaso e derramou o perfume sobre o Messias. Jesus ficou ensopado do líquido, afastou os cabelos molhados dos olhos e contemplou a mulher aos seus pés. Na sala o espanto era tão grande quanto o perfume que se espalhava.
É sempre assim. Cada vez que fazemos algo extravagante para Ele, há uma multidão de críticos, de observadores de bancada, de gente que não faz nada a não ser ver “a banda passar”, mas que se acham no direito de criticar, de opinar e até de ofender. Por isso os gestos únicos, as palavras simples e inspiradas, as expressões de alma próprias de cada homem, tornaram-se uma marca politicamente incorrecta. Por isso, os gestos de adoração têm que ser sempre ensaiados, medidos, iluminados, encenados, adereçados, ditos no momento próprio e na hora certa. Por isso também, as salas onde nos reunimos para banquetear-nos com o Filho de Deus, não cheiram mais a nardo...por isso não ouvimos no final de cada performance a Sua voz doce e perfumada dizer: “Esta fez o que podia...”
Estava a ler a passagem bíblica da mulher que derramou o perfume de nardo sobre a cabeça de Jesus e pela primeira vez entendi o espanto das pessoas à volta. Aquilo era um perfume MUITO caro! O nardo foi um dos primeiros materiais aromáticos a ser usado pelos antigos egípcios na sua perfumaria. Mais tarde foi usado pelos unguentarii (perfumistas da antiga Roma) para preparar um dos mais célebres perfumes da antiguidade. Não tenho ideia do tamanho do vaso que continha a tal essência perfumada da história bíblica. Mas segundo o relato, era coisa para custar o salário de um ano de uma pessoa...
Como é que esta mulher possuía tal preciosidade, só pode ser imaginado. Seria pessoa de grandes posses ou aquele perfume estaria guardado para um momento muito especial na sua vida, não sei. Ela entrou de mansinho na sala do banquete e num gesto rápido, imprevisível, abriu ou partiu a tampa do vaso e derramou o perfume sobre o Messias. Jesus ficou ensopado do líquido, afastou os cabelos molhados dos olhos e contemplou a mulher aos seus pés. Na sala o espanto era tão grande quanto o perfume que se espalhava.
E é aqui que começam as observações dos presentes. Depois de uns minutos curtos de estupefacção, não foram capazes de guardar aquele momento sublime e profético no profundo do seu espírito. Começaram a fazer contas, a criticar a mulher, a dar opiniões, a sugerir outros meios de adoração ao Filho de Deus...
É sempre assim. Cada vez que fazemos algo extravagante para Ele, há uma multidão de críticos, de observadores de bancada, de gente que não faz nada a não ser ver “a banda passar”, mas que se acham no direito de criticar, de opinar e até de ofender. Por isso os gestos únicos, as palavras simples e inspiradas, as expressões de alma próprias de cada homem, tornaram-se uma marca politicamente incorrecta. Por isso, os gestos de adoração têm que ser sempre ensaiados, medidos, iluminados, encenados, adereçados, ditos no momento próprio e na hora certa. Por isso também, as salas onde nos reunimos para banquetear-nos com o Filho de Deus, não cheiram mais a nardo...por isso não ouvimos no final de cada performance a Sua voz doce e perfumada dizer: “Esta fez o que podia...”
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