O calendário cristão, que é baseado no ano de nascimento de Jesus, estaria atrasado devido a um erro de cálculo, afirmou o Papa Bento XVI.
As declarações estão na série de livros com três volumes chamada “L’Infanzia di Gesu”, escrito pelo próprio Bento XVI e editado pela Casa Publicadora do Vaticano em parceria com a editora Publicações Rizzoli.
Segundo o Papa, o cálculo do calendário cristão usado atualmente foi feito pelo monge Dionysius Exiguus, que havia errado em alguns anos. Essa afirmação do líder católico reforça a tese de estudiosos que afirmam que o nascimento de Jesus teria acontecido entre 4 e 6 anos antes da data conhecida atualmente.
-O cálculo do início do nosso calendário – baseado no nascimento de Jesus – foi feito por Dionysius Exiguus, que cometeu um erro em seus cálculos por diversos anos – escreveu Bento XVI, de acordo com informações do Daily Mail.
Entretanto, essas não são as únicas afirmações polêmicas publicadas na trilogia de livros. Bento XVI também afirma que não haviam animais no presépio onde Maria deu à luz Jesus, e justifica dizendo que a Bíblia não menciona isso, e que os anjos nunca cantaram para os pastores anunciando o nascimento de Jesus.
O livro deverá ser lançado em inglês em breve, com o título “Jesus of Nazareth: The Infancy Narratives” (em tradução livre: Jesus de Nazaré: Narrativas de Sua Infância).
Reneé Murdoch recebeu alta de hospital nesta quinta-feira (22).Americana tinha 30% de chance de sobreviver, diz médico.
Pastora Reneé agradece a Deus com muita alegria ao lado do marido
A americana Reneé Murdoch, que recebeu alta do Hospital Copa D'or, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, nesta quinta-feira (22), após ser agredida a pauladas por um morador de rua na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, celebra a notícia com almoço de Dia de Ação de Graças, segundo informou o marido Philip Murdoch.
"Hoje é Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, que é uma data tão especial quanto o Natal, então, vamos preparar um almoço com amigos e familiares. Estou feliz por minha mulher estar viva. Se você orou, se você torceu, obrigado", declarou emocionado.
Em coletiva, Reneé ainda tinha dificuldades na fala, mas agradeceu ao Brasil, emocionada. "Vocês são maravilhosos, só posso falar um pouquinho, queria agradecer vocês, Brasil, pelas orações, muito obrigada, amém", disse Reneé.
Foto: Fábio Gonçalves / Ag. O Dia
''Quero agradecer aos que oraram e torceram por mim. Muito obrigada a todos da minha igreja e a minha família e aos e médicos'' disse ela, que, sorridente e de bom humor, brincou com a imprensa, afirmando que como seu cabelo ainda não cresceu, estava careca como um dos fotógrafos.
Para o neurologista Bernardo Liberato, coordenador da Unidade Semi Intensiva do hospital, a recuperação de Reneé foi mais rápida do que a equipe médica esperava. Segundo informou, Reneé sofreu um trauma na região do cérebro que afeta as funções vitais do ser humano, como dormir, acordar e respirar, e chegou ao hospital, no ultimo dia 26, com o lado esquerdo paralisado.
O marido, Phillip Murdoch, ressalta que o momento é de agradecer a Deus pela recuperação de Renée e tentar voltar a rotina.
"Estou feliz por ela estar viva. Agradecemos muitos aos bombeiros, médicos e todos que torceram por ela. Creio na ciência, mas também creio na ação de Deus. É raro alguém ter uma recuperação tão boa. Hoje, nos Estados Unidos, é um dia muito especial, o dia de Ação de Graças, e só queremos que ela vá para casa para comemorarmos esse dia".
De acordo com o neurocirurgião, Ruy Monteiro, devido à complexidade das cirurgias e dos ferimentos que Reneé sofreu, a paciente apresentou uma grande e rápida melhora. Segundo ele, as chances de sequelas após a última cirurgia, que recolocou o osso da cabeça, eram de 30%. "Hoje, ela apresenta um pequeno déficit de memória e uma dificuldade na fala, mas tem grandes chances de recuperação", declarou Monteiro.
Reneé antes da agressão
O médico afirma que o rápido atendimento feito pelos bombeiros e a cirurgia realizada no hospital Miguel Couto foram cruciais essenciais para a sobrevivência da pastora.
"Ela entrou no Miguel Couto com um coma profundo, em estado grave. Assim que chegou fez uma tomografia e foi para o centro cirúrgico, onde foram retirados os dois coágulos".
Na porta do hospital, amigas da igreja onde é pastora, Igreja Luz das Nações, aguardavam-na para uma surpresa. "Ela é uma mulher muito forte, mas muito doce", declarou a amiga Andrea Lima.
De acordo com informações da Delegacia da Barra da Tijuca (16ª DP), o suspeito, de 38 anos, foi preso em flagrante, após a agressão com um pedaço de madeira. O suspeito estava depredando um quiosque quando a vítima passou por ele e foi agredida. Ele foi conduzido à delegacia e autuado pelo crime de tentativa de homicídio.
Veja os vídeos de agradecimentos emocionados da pastora Reneé
Muito triste assistir a esta cena. Eu sei que alguns irão se escandalizar com algumas imagens fortes, mas a nossa oração é que o Senhor use alguns dos irmãos para mudar esta estória.
Ouve-se por aí que o cristianismo inventou o pecado. Não pode haver mentira maior. A noção de errar o alvo, de macular o sagrado, de vandalizar o “shalom” no qual deveríamos estar vivendo, sempre esteve conosco. Todas as religiões do mundo comportam definições, razões e características para o pecado. Filósofos pré-cristãos, como Platão e Aristóteles, lidaram com a ideia. Portanto, o pecado não é uma invenção cristã, como querem alguns detratores mal-informados.
É parte da condição humana o julgar-se a si mesmo, o estabelecer ideais para a vida e para o comportamento moral dos indivíduos. O saber-se pecador não torna ninguém pior, antes, o torna capaz de fazer mudanças. Assisti, recentemente, ao filme “We need to talk about Kevin”. Tilda Swinton representa a mãe de um adolescente que se torna um assassino em massa. O filme narra o terror da mãe vendo o filho crescer sem consciência moral. A definição clássica de “sociopata” é esta: alguém que não é capaz de sentir dor, arrependimento, nem qualquer tipo de reação pelo mal que causa. O sociopata é o cara “sem pecado”.
A noção de pecado também não faz mal à sociedade. Toda sociedade humana impõe limites morais à ação de seus indivíduos. Toda sociedade humana tem algum tipo de definição de moralidade sexual, por exemplo. Uma de nossas tristes descobertas na Amazônia foi que o nível de promiscuidade das comunidades indígenas estava diretamente ligado ao seu desejo de autoextermínio.
Uma comunidade Nawa entre o Brasil e o Peru, por exemplo, que à primeira vista tinha um conceito muito fluido de família e cuja permissividade total afetava as crianças e até mesmo os animais que criava, revelou-se, num estudo mais cuidadoso, ser uma sociedade suicida. A tribo sofreu, durante anos, violentos estupros em massa, a marca registrada de seu contato com os “brancos”. Os homens não se respeitavam porque não foram capazes de proteger suas mulheres. As mulheres não conseguiam amar os filhos do ódio, nem a si mesmas. O desespero existencial tomou conta da tribo. O sexo perverso, arma de guerra usada contra o povo para conduzi-lo à subserviência, era então usado pelo próprio povo para produzir autoaniquilação. A família -- e as noções de restrição sexual que a acompanham -- representa a sobrevivência do povo. Ao abandonar-se a família, abandona-se a vida. O sexo irrestrito é suicídio generacional.
Qualquer semelhança com o desprezo que a sociedade ocidental contemporânea tem por si mesma e com a maneira como está pretendendo eliminar qualquer noção de moralidade sexual não é mera coincidência.
A diferença, porém, entre o pecado cristão e os outros é grande. Na Bíblia, o pecado nos nivela a todos por baixo. Seres humanos são caídos, não importa nossa posição social ou religiosa. Precisamos igualmente da graça. Não há quem escape à condição de dependente da graça. Não há oferta milionária que nos torne mais dignos na presença de Deus.
O pecado bíblico tem consequências terríveis, aqui e no além. O pecado bíblico dói em nós e no Deus que nos criou. Quando transo fora do casamento, não estou atendendo uma necessidade “legítima”. Quando falo mal do irmão, não há “causa nobre” que me justifique. Quando tiro o que não é meu, não é uma “bênção” que recebi. É pecado. Pecado gera morte.
Nosso cristianismo precisa ressuscitar a noção de pecado. Há pecado, sim, do lado de baixo do Equador. Sem atentarmos para a seriedade do pecado não há como amarmos a graça. O cristianismo não inventou a culpa; ela faz parte da nossa condição humana. O cristianismo inventou o perdão. Mas por que graça e perdão, se minimizarmos a noção de pecado?